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Após se abster na ONU, governo Lula é cobrado a mudar de postura sobre Irã

“Com o retorno do Brasil ao Conselho de Direitos Humanos, e tendo em vista uma postura mais orientada do atual governo em garantir esses direitos, tínhamos alguma expectativa de que o Itamaraty optasse por votar a favor da resolução do Irã”, afirmou Renata Bahrampour, membro do escritório de assuntos externos da Comunidade Bahá’í do Brasil.

“Então, para os bahá’ís do Brasil, ver a posição adotada pelo governo brasileiro, nos provoca a fazer algumas reflexões”, disse a representante.

Por um lado, o grupo se diz grato pela explicação de voto ter reiterado expressamente o apoio aos direitos do bahá’ís iranianos de exercerem livremente sua fé no país. Segundo ela, essa é uma questão que o Itamaraty sempre esteve preocupado.

“Mas, por outro, não nos surpreende que o Ministério tenha escolhido mais uma vez se abster considerando o histórico dos votos dos últimos anos”, disse Renata.

“Ainda assim, ao mesmo tempo que o Itamaraty espera que o governo iraniano coopere com os mecanismos internacionais de direitos humanos, nós esperamos que o Brasil possa rever seu posicionamento e aproveitar de seu diálogo aberto com o governo iraniano para enfatizar ainda mais a importância de se garantir os direitos humanos, sobretudo diante da cada vez mais degradante situação no Irã, não só para os bahá’ís, mas para toda a população iraniana”, afirmou a representante.

Ela lembra que, há poucos dias, a entidade Human Rights Watch publicou um relatório no qual explica que a perseguição do Irã aos bahá’ís é um “crime contra a humanidade”.

Matéria: UOL Notícias

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