Arroz vai ficar mais caro após enchentes no Rio Grande do Sul? Entenda
O Rio Grande do Sul representa grande parcela da produção nacional de arroz. O estado é responsável por 70% de toda a produção do cereal no país, o que significa que o impacto deve se espalhar nacionalmente.
De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), os produtores do estado deveriam colher 7,48 milhões de toneladas ao final desta safra — mas essa previsão foi divulgada antes do evento climático e esse número provavelmente será revisado para baixo em breve, alertam especialistas.
Acho que vamos ter queda de produção, os preços vão ser impactados no curto prazo, e de imediato, o arroz, soja, milho e a carne devem contribuir negativamente na inflação. O arroz é um ponto de atenção, porque ele tem um peso significativo no IPCA.
Ahmed El Kathib, professor da Fecap
Nos últimos 12 meses, o arroz acumulou alta de 28,39%. São dados do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), o principal medidor de inflação do país.
Para evitar uma possível escalada no preço arroz, a Conab vai comprar o produto já industrializado e empacotado no mercado internacional — de países como Argentina, Uruguai. Paraguai e, eventualmente, Bolívia. A informação foi dada ontem (7) pelo ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro.
Além do arroz, segundo previsão da LCA Consultores, outros cereais, leguminosas e oleaginosas também devem sofrer aumento de preços. Os principais impactos devem ser sentidos nessas áreas entre os meses de maio e julho.
Matéria: UOL Economia