Bilionário ativista Bill Ackman lista 4 lições essenciais para o sucesso
Ele criticou a recente decisão da Disney, de rejeitar em seu novo conselho aliados do investidor ativista Nelson Peltz. A “briga” durou meses, porque a empresa Trian Partners, comandada por Peltz, queria destituir dois diretores, Maria Elena Lagomasino e Michael Froman, alegando baixo desempenho das ações.
O investidor discordou da decisão da Disney. “Mesmo que ele só não concorde com o CEO, é valioso ter alguém sentado na sala. Eu não concordo com a Disney. Você não quer um grupo de pessoas que apenas apoiem o CEO”, diz. “Quando você está falando sobre o fundamentalismo ativista, você escolhe uma empresa, você faz uma diligência, e você investe porque você acha que essa empresa tem potencial”.
Sobre suas opiniões, Ackman diz que para o trabalho de um investidor, o que acontece no mundo é realmente muito importante. Além de dados como taxas ou PIB, questões sociais são importantes. “O que está acontecendo na sociedade, o que está acontecendo nos campos universitários, o que está acontecendo com as ideologias e como elas são promulgadas e impactam no negócio. A nossa geração que é responsável por o que está acontecendo no mundo“, diz.
Corrida para a IA
Para Ackman, o mais complicado para qualquer investidor é, antes de tudo, saber quando determinados negócios vão passar por algum tipo de disrupção, como é o caso da inteligência artificial. “A IA é uma enorme mudança e disrupção. E há constantes mudanças no mundo, obviamente”, diz.
Entre as big techs que estão na corrida da IA, Ackman diz que nenhuma vai vencer, necessariamente, mas destaca o trabalho que o Google tem feito. Cerca de 18,5% do portfólio do investidor é composto por ações Classe A e Classe C da Alphabet, dona do Google. “Nós pensávamos que a IA era um risco para a Alphabet, parte do negócio, e nós passamos a maior parte da nossa análise sobre onde eles se posicionam em relação ao Microsoft e outros”.
Matéria: UOL Economia