Bolsonaro diz à PF que não autorizaria repasse do PL a Eduardo nos EUA

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou à Polícia Federal (PF), nesta quinta-feira (5/6), que não permitiria que o Partido Liberal (PL) repassasse recursos ao filho Eduardo Bolsonaro (SP). O deputado federal está licenciado da Câmara e vive, atualmente, nos Estados Unidos.
Bolsonaro prestou depoimento à PF no âmbito do inquérito que investiga a atuação de Eduardo junto ao governo do republicano Donald Trump em busca de punições para autoridades brasileiras, a exemplo do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF).
Aos investigadores, o ex-presidente declarou que desconhece outras formas de financiamento utilizadas por Eduardo e seus familiares no exterior, mas reiterou que transferiu R$ 2 milhões para a conta do filho — ele negou ter contas no exterior.
Ao ser questionado se o PL havia repassado recursos para a permanência de Eduardo nos Estados Unidos, Bolsonaro respondeu que não autorizaria tal repasse, ressaltando que apenas ele e a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro recebem recursos do partido, presidido por Valdemar Costa Neto.
Financiamento
O ex-presidente, em depoimento, também afirmou que o próprio gerencia suas contas bancárias, incluindo os valores recebidos por meio de doações via Pix, durante a campanha que arrecadou aproximadamente R$ 17 milhões de apoiadores.
Em coletiva de imprensa, no lado de fora da sede da PF, Bolsonaro disse que não se trata de financiamento de nenhum ato ilegal. “Ele está levando a vida dele. Dinheiro limpo, legal, Pix. A acusação é que estou financiando atos antidemocráticos”, revelou o ex-presidente, logo após o interrogatório.
O depoimento dele foi determinado pelo ministro Alexandre de Moraes.
Metrópoles