CEO do Carrefour na França diz que empresa não vai mais comprar carne do Mercosul
Eles defendem que o texto que está sendo discutido abre uma concorrência desleal da carne brasileira e argentina no mercado francês. Isso porque os padrões sociais e ambientais exigidos pelo bloco para a produção agropecuária não se aplicariam aos parceiros comerciais, permitindo a entrada de alimentos mais baratos.
O adiamento da implementação da Lei Europeia Antidesmatamento também reacendeu a indignação contra o acordo, que voltou a ser discutido na cúpula do G20, sediada nesta semana pelo Brasil.
Entre segunda e quarta-feira, os manifestantes abriram tanques de vinho espanhol nas ruas, fecharam a entrada de prédios públicos com pneus e lixo e chegaram a bloquear a fronteira da França com a Espanha, país que apoia o acordo comercial. A barricada só se encerrou nesta quarta-feira, após uma manifestação de apoio do primeiro-ministro Michel Barnier.
Em Agen, no sudoeste da França, ponto de encontro de protestos semelhantes que aconteceram no início do ano, os agricultores borrifaram chorume em um escritório de previdência social agrícola.
Sem acordo
O acordo entre UE e Mercosul é discutido desde 1999. Em 2019 o texto chegou a ser finalizado, mas não houve ratificação, apesar do empenho de países como a Alemanha e a Espanha.
Matéria: UOL Economia