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China restringe exportação de antimônio; entenda impacto da decisão

Em uma medida que promete agitar ainda mais o mercado de metais estratégicos, a China anunciou que vai impor controles de exportação a alguns produtos de antimônio a partir de 15 de setembro, citando preocupações de segurança nacional.

Essa decisão, que se soma a outras restrições já impostas por Pequim aos embarques de minerais estratégicos desde o último ano, poderá ter impactos significativos tanto em setores industriais quanto tecnológicos globalmente.

Se você tem pressa:

  • Restrições importantes: a China vai controlar a exportação de produtos de antimônio, incluindo minério, lingotes e óxido, exigindo licenças para itens de uso duplo – aqueles com potenciais aplicações militares e civis
  • Impacto na produção: como maior produtor mundial de antimônio, essas restrições chinesas podem reduzir significativamente a oferta global, afetando indústrias como a de retardantes de chama e a solar.
  • Elevação nos preços: os preços do antimônio já atingiram recordes e podem subir ainda mais, impactando diversos setores e incentivando a busca por alternativas de fornecimento.

Antimônio: o que é e para que serve?

Antimônio é um metaloide cinza brilhante que, na modernidade, é principalmente utilizado como retardante de chama, representando cerca de metade do uso global em 2023, e em menor escala na fabricação de vidro fotovoltaico e em baterias de chumbo-ácido.

Antomônio é usado em equipamentos militares. Imagem: FotoDax / Shutterstock

Sua importância também cresce no cenário militar, devido ao seu uso em equipamentos como mísseis infravermelhos e óculos de visão noturna, além de ser um agente endurecedor para balas e tanques.

A China, responsável por 48% da produção mundial em 2023, é crucial neste mercado. As novas limitações, que não especificam um limite de volume, mas sim exigem licenciamento para itens com aplicações militares e civis, devem reduzir os embarques de antimônio, repetindo o que já aconteceu com outros minerais estratégicos como o gálio e o germânio.

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Consequências da restrição de exportação de antimônio

Segundo a Reuters, as restrições impostas não só apontam para uma preocupação com a segurança nacional, como também refletem um esforço da China em manter o controle sobre recursos críticos e sua cadeia de suprimentos. Isso força outras regiões, como a Europa e os Estados Unidos, a buscar alternativas de fornecimento, como Tajiquistão, Vietnã, Mianmar e Índia, para evitar a dependência das exportações chinesas.

Profissional instala sistema de painel solar fotovoltaico
Outro uso de antimônio é em painéis fotovoltaicos. Imagem: UNIKYLUCKK / Shutterstock

O mercado de antimônio já estava apertado, com reservas conhecidas capazes de atender à demanda por cerca de 24 anos. A situação é exacerbada pela alta demanda dos setores solar e militar e pela queda na produção devido a requisitos ambientais mais rigorosos e à diminuição da qualidade do minério.

Olhar Digital

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