Costureira das batinas de Papa Francisco revela resistência dele ao papado: ‘Eu não quero’

Graciela Meraviglio, alfaiate eclesiástica que confecciona as batinas do Papa Francisco desde antes de sua ascensão ao Vaticano, compartilhou detalhes surpreendentes sobre o início da relação com o pontífice. Em entrevista à CNN, ela revelou que o Papa resistiu à ideia de assumir o cargo mais alto da Igreja Católica.

Como Graciela e Papa Francisco se conheceram?

O primeiro contato entre os dois aconteceu por volta de 1990, e foi marcado por um embate. “Meu relacionamento com ele começou com uma briga. Ele era uma pessoa que confrontava muito e que iniciava debates”, contou Graciela, relembrando que, na época, ele vestia calças, clérgima e suéter.

Quando ela se apresentou como alfaiate eclesiástica, Francisco demonstrou surpresa e resistência. “Você? Esperei uma pessoa mais velha vir e fazer uma batina para mim. Mas por que você vai fazer uma batina para mim?”, disse ele. Mesmo insistindo que precisava cumprir o trabalho, ouviu dele a recusa categórica: ele a chamou de “cigana” e afirmou que “nunca usaria batina”.

Francisco não queria ser Papa

Apesar da relutância inicial, Graciela acabou confeccionando a batina de monsenhor, depois a de cardeal e, por fim, a de papa. Segundo ela, este último pedido também enfrentou resistência. “E ele discutia comigo de novo e dizia: ‘não, não, eu não vou ser papa, eu não quero. Por que você quer que eu seja papa?’. ‘Eu não quero’. Eu disse a ele, ‘eu acho, eu tenho um pressentimento’”, relatou.

Após a eleição de Francisco ao papado e sua consagração como líder da Igreja, ele entrou em contato com Graciela. “Você não é mais uma cigana, você é uma bruxa agora, ele me disse”, contou ela, entre risos. Segundo a costureira, o pontífice ainda confidenciou que ela seria a única pessoa capaz de fazer suas batinas, pois conhecia bem seus “defeitos”.

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