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Delatora diz que Polícia Civil da Bahia blindou Rui Costa em inquérito

Todas as vezes que eu mencionei o governador Rui Costa, os delegados que estavam me entrevistando minimizaram a sua participação dizendo que ele não tinha nenhuma culpa; que essas respostas se repetiram e, em algumas oportunidades, de forma agressiva; que então eu percebi que eles estavam protegendo o governador
Cristiana Taddeo, em delação premiada

Taddeo depôs à Polícia Civil da Bahia após ser presa temporariamente em junho de 2020. Ela foi libertada após cinco dias.

A empresária disse que a então delegada-geral adjunta da Polícia Civil da Bahia, Ana Carolina Rezende, acompanhou os seus depoimentos e era a que mais protegia o governador, além de outros delegados que também participaram dos interrogatórios.

Ela contou que, quando teve acesso aos documentos com os termos escritos de seus depoimentos prestados à Polícia Civil, não havia o nome do governador.

Depois que eu fui solta e li os termos dos meus depoimentos que foram juntados ao inquérito, verifiquei que eles não traduzem na integralidade os fatos que eu narrei nos meus depoimentos; eu citei o nome do governador Rui Costa por volta de três, quatro vezes ao tratar sobre o contrato celebrado com o Consórcio Nordeste, principalmente sobre quem assinou o contrato, mas seu nome não constou nenhuma vez nos termos que foram juntados aos autos
Cristiana Taddeo, em delação premiada

De acordo com Cristiana, a participação da então primeira-dama nos fatos investigados também foi retirada do depoimento.

Matéria: UOL Notícias

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