É o prato, querido; preço dos alimentos janta popularidade de Lula
Quais são as evidências de que é mesmo o prato, querido?
Vários estudos acadêmicos feitos sobre a crise dos preços dos alimentos em 2008 no Brasil constataram que a popularidade presidencial pode ser significativamente piorada pela inflação alimentar. Ao contrário do desemprego, que afeta uma parcela da população, a inflação impacta todos os cidadãos. Todo mundo come, ou deveria comer.
O que era verdade em 2008, continua verdadeiro em 2023 e 2024. Em setembro passado, a popularidade do governo Lula atingiu seu ponto mais alto, segundo o Ipec (ex-Ibope): 40% de ótimo+bom contra 25% de ruim+péssimo. Seis meses depois, veio o ponto mais baixo. Em março passado, Lula tinha 33% de ótimo+bom e 32% de ruim+péssimo. O que mudou de lá para cá?
Em setembro de 2023, a inflação acumulada da alimentação no domicílio acumulava queda de 0,8% em 12 meses. Ou seja, no conjunto, o custo de se alimentar havia diminuído. A cebola tinha ficado 27% mais barata, o frango caído 14%, a carne barateado 11%, por exemplo.
Em março de 2024, a situação se invertera. O prato tinha ficado 2,5% mais caro, no geral. Mas, para alguns ingredientes fundamentais na alimentação do brasileiro, a carestia tinha sido muito maior. Entre abril de 2023 e março de 2024, a lista dos alimentos cujos preços dispararam era grande:
Arroz: + 28% em 12 meses;
Matéria: UOL Economia