Em nome do ‘poderoso’ dólar: por que Trump está ameçando o Brics?
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A China, por exemplo, é um Estado autoritário e é responsável por cerca de 70% do produto interno bruto (PIB) total do bloco, com 18 trilhões de dólares. A China tem um superávit comercial e mantém um grande estoque de dólares para sustentar sua competitividade como grande exportador.
A Índia, por outro lado, é a maior democracia do mundo, e sua economia vale 3,7 trilhões de dólares. A Índia tem um déficit comercial
O domínio da China no Brics criaria um grande desequilíbrio que tornaria difícil para Nova Déli chegar a um acordo sobre uma estrutura para a nova moeda que não ofuscasse seus próprios interesses nacionais.
Outras disparidades entre os membros do Brics também podem contribuir para estimular a resistência a uma moeda compartilhada.
É improvável que os membros do Brics queiram eventualmente adotar uma moeda comercial como o euro. O euro levou mais de 40 anos para virar realidade, desde o momento em que foi proposto pela primeira vez, em 1959, até 2002, quando suas notas e moedas se tornaram moeda legal em 12 países da UE, posteriormente 20 estados.
A opção mais provável seria a criação de uma moeda usada exclusivamente para o comércio, avaliada com base em uma cesta de moedas e/ou commodities, como ouro ou petróleo. Ela poderia funcionar de forma semelhante aos Direitos Especiais de Saque (SDR) do Fundo Monetário Internacional (FMI). O SDR é um ativo financeiro internacional, avaliado com base nas taxas de câmbio diárias do dólar, euro, yuan, iene e libra. Alguns sugeriram que uma alternativa do Brics poderia ser uma moeda digital.
Matéria: UOL Economia