Empresas pagaram R$ 1,32 bi por dia a acionistas no ano; veja 20 maiores
Em relação as construtoras Cury e Even, elas estão em um momento forte, com bons resultados esperados para 2024. Para Biz e Zein, ambas as empresas têm potencial de continuar entregando bons proventos no próximo ano, embora seja necessário o investidor ficar atento à ciclicidade do setor diante da taxa de juros ainda elevada.
Na Petrorecôncavo, o futuro da companhia está centrado na geração de caixa. Ela não deve ter instabilidade, já que tem operações onshore (em terra), e deve investir menos que seus pares, além de ter um endividamento baixo. Isso pode resultar em dividendos maiores para os acionistas, avalia Gustavo Poladian, sócio e analista de renda variável da Meraki Capital. “Se a empresa pagar 100% da geração de caixa em forma de dividendos ou juros sobre capital próprio, esta poderia entregar um dividend yield de 15% em 2024”, aponta.
E no segundo semestre, quais serão os destaques?
Com o dólar em disparada e o preço das commodities acima da média, empresas exportadoras e ligadas a commodities podem ser o foco. O destaque é para Vale, Gerdau, Petrobras e Petrorecôncavo.
Tanto Petrobras quanto Vale têm possibilidade de pagamento de dividendos extraordinários no segundo semestre. Na Vale, Poladian, da Meraki, acredita que, com os recursos que a empresa deve receber com a venda de parte da operação de metais básicos, haveria espaço para proventos extraordinários. Já Biz diz que, com o dólar acima de R$ 5,50 e o preço do minério superando US$ 115 a tonelada, a Vale poderia distribuir bons dividendos e ter, ao mesmo tempo, capacidade de continuar recomprando as suas ações, beneficiando de forma indireta os acionistas.
A alta do dólar também pode favorecer o segmento industrial, aumentando a competitividade diante de players internacionais. Nesse cenário, empresas baratas podem também pagar bons dividendos, com destaque para Tupy, Randon e Marcopolo, aponta Zein.
Matéria: UOL Economia