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Ex-policial cobrava e ameaçava comerciantes goianos que pegavam empréstimo com agiotas, diz delegado

INVESTIGAÇÃO

Além dele, outras seis pessoas foram presas temporariamente nesta quarta-feira (14) pela Polícia Civil

Ex-policial cobrava e ameaçava comerciantes goianos que pegavam empréstimo com agiotas, diz delegado (Foto: Polícia Civil)

Um ex-policial está entre as noves pessoas que tiveram suas prisões decretadas, acusadas de extorquir e ameaçar comerciantes que pegavam dinheiro emprestado com agiotas na região metropolitana de Goiânia. Além dele, outras seis pessoas foram presas temporariamente nesta quarta-feira (14) pela Polícia Civil.

Composto em sua maioria por pessoas de nacionalidade boliviana, o grupo criminoso, segundo o titular da 3ª Delegacia Distrital de Polícia de Aparecida de Goiânia, delegado Thiago César de Oliveira, entregava panfletos a comerciantes de Goiânia e Aparecida com proposta de empréstimo rápido e facilitado. Os juros cobrados por eles, porém, segundo apurado, variavam, entre 20% e 30%, e a quitação das parcelas tinha que ser feita, obrigatoriamente, todos os dias.

No caso do atraso nos pagamentos, a cobrança voltava ao valor inicial, independente da quantidade de parcelas que já haviam sido quitadas. Quem discordasse, segundo o delgado, era ameaçado.

“Nossa investigação começou depois que um comerciante, ao atrasar uma parcela, recebeu um vídeo com ameaças, e alguns dias depois teve o portão de sua casa atingido com 20 disparos de pistola. Foi quando descobrimos que um ex-integrante das forças de segurança pública era quem fazia as cobranças e ameaçava os devedores”, destacou Thiago César.

Dos nove mandados de prisão expedidos, a PC havia conseguido cumprir, até o início da tarde desta quarta, sete. Conforme a corporação, seis dos conduzidos são bolivianos.

Durante o cumprimento dos mandados de busca e apreensão, realizados em Goiânia, Caldas Novas e Aparecida de Goiânia foram localizadas várias motos usadas pelos cobradores e uma grande quantidade de dinheiro em espécie. Nomes e idades dos investigados, que também tiveram bens sequestrados pela justiça, não foram divulgados.

A polícia acredita que a divulgação sobre a operação fará com que novas vítimas da quadrilha apareçam para denunciá-los.


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