Exército faz cartilha em que retrata mulher como suscetível a golpistas
O Exército publicou uma cartilha sobre prevenção a golpes na internet que traz na capa a ilustração de uma mulher militar sendo alvo de várias armadilhas cibernéticas, entre elas compras fraudulentas online e uso malicioso do aplicativo de paqueras Tinder.
Na imagem, ela também aparece suscetível a empréstimos fáceis, descontos e até uma loteria do fictício país “Kurkistão”.
A cartilha integra a Campanha de Conscientização Cibernética iniciada pela instituição.
A mesma ilustração da mulher aparece em uma página que tem como título “Fique atento ao tom da mensagem” e diz que golpistas “exploram os sentimentos das pessoas, como medo, obediência, caridade, carência afetiva e ganância, para convencê-las a agirem como eles querem e de forma rápida, sem pensar”.
A seguir, orienta a desconfiar de mensagens contendo ameaças, oportunidades de ganho fácil, promoções ou descontos muito grandes, pedido de sigilo, apelo emocional e senso de urgência.
No material também há imagens de militares homens. Em uma ilustração, um deles aparece navegando em um computador, enquanto um golpista visa seu cartão de crédito. Em outra, um oficial reflete sobre o porquê de estar recebendo determinado conteúdo.
A cartilha traz informações para evitar cair em golpes, como não clicar em todos os links recebidos, acessar o site ou aplicativo oficial e reduzir a quantidade de dados disponíveis online.
Em nota, o Exército afirma que a cartilha foi confeccionada em parceria com o Centro de Estudos, Resposta e Tratamento de Incidentes de Segurança no Brasil (CERT.br) e traz ilustrações diversas, retratando personagens dos gêneros masculino e feminino.
“Não há relação entre o gênero da personagem retratada e a orientação trazida na cartilha, pois todas as pessoas estão suscetíveis aos riscos sobre os quais o texto alerta e se beneficiariam das orientações dadas”, afirma.
O Exército diz ainda que o objetivo da campanha é ampliar o conhecimento do público interno sobre a “correta utilização dos ativos de informação, contribuindo para a segurança cibernética de sua Organização Militar e, de forma mais ampla, do próprio Exército Brasileiro.”
“Por fim, cabe esclarecer que o Exército Brasileiro não faz discriminação de gênero.”
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Folha de São Paulo