Fátima Bernardes desabafa sobre síndrome e neuropsicóloga alerta: ‘Um assunto meio tabu’

Em entrevista à CARAS Brasil, a neuropsicóloga Lilian Vendrame explica síndrome relatada pela apresentadora Fátima Bernardes
A jornalista Fátima Bernardes chocou ao revelar sobre a experiência com a chamada síndrome do ninho vazio, após seus três filhos — os trigêmeos Beatriz, Vinícius e Laura, de 27 anos, do casamento com William Bonner— deixarem sua casa.
No final do mês de abril, Fátima Bernardes foi convidada do programa Encontro e relembrou momentos marcantes de sua carreira e confessou sobre o que sentiu após seus filhos não morarem mais com ela:“Não encaixava em nada do que tinha lido sobre ninho vazio. Não era uma pessoa sem amigos, não tinha sintoma físico de depressão, mas sentia, de vez em quando, uma falta de sentido. Por mais que tivesse trabalhado muito, a maternidade era algo que quis, busquei e, de repente, você precisa reorganizar o meu tempo”, confessou.
A CARAS Brasil conversa com Lilian Vendrame, psicóloga e neuropsicóloga com capacitação em tratamentos para transtornos depressivos e ansiosos pelo Hospital Albert Einstein e USP, que explica o desabafo de Fátima Bernardes.
“É muito importante ser enfatizada, porque as mulheres não falam sobre isso. É um assunto meio tabu […] É importante a gente pensar que existe sim essa síndrome do ninho vazio. Quando os filhos vão embora, estudar, se casam, essa fase de maternidade muda”, esclarece.
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Fátima Bernardes desabafou que, quando os filhos saíram de casa, começou a sentir que estava com muito tempo livre: “Por um momento, a minha sensação era que tava com o dia muito livre, mas fazia tanta coisa para suprir a falta, que parecia que tava sem tempo […] Não é fácil”, afirmou a jornalista.
Segundo a psicóloga Lilian Vendrame, especialista em psicologia junguiana, este é um sentimento bastante relato por mulheres que também sofrem da síndrome do ninho vazio: “Você vai precisar olhar mais para você e muitas vezes esse olhar para gente é um olhar que dói”.
“É muito importante que as mulheres, como a Fátima, tenham o olhar para isso e reconheçam as emoções. Não é aquele diagnóstico depressivo de redes sociais que a gente tá falando aqui, é desse vazio, dessa tristeza, dessa mudança de fase”, finaliza ao analisar o caso da apresentadora Fátima Bernardes.
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