Saúde

Florianópolis decreta situação de emergência por infecções respiratórias

Devido ao aumento dos casos de síndrome respiratória aguda grave (SRAG), Florianópolis decretou situação de emergência em saúde pública para conter a sobrecarga no sistema de saúde. O quadro de saúde diz respeito a infecções por vírus que evoluem para episódios que comprometem a função respiratória.

O decreto, assinado pelo prefeito Topázio Silveira Neto, foi publicado em edição extra do Diário Oficial do Município nesta quinta-feira, 1º, e tem prazo de 180 dias, podendo ser prorrogado.

Segundo a prefeitura da capital catarinense, indicadores epidemiológicos indicam aumento expressivo nos índices de internações em leitos de unidades de terapia intensiva (UTIs) neonatal, pediátrica e de adultos. Em Florianópolis, foram registrados 459 casos e 20 mortes.

Em três Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da cidade, houve aumento no número de atendimentos por “infecção aguda das vias aéreas superiores não especificada e influenza (gripe) por vírus não identificado” de 84,59% na pediatria e de 42,55% entre adultos em abril na comparação com janeiro.

Além da gripe, por influenza A ou B, os casos de SRAG podem ser causados pelo vírus sincicial respiratório (VSR), causador da bronquiolite, e pelo SARS-CoV-2, que causa a covid-19. É importante destacar que as formas graves da gripe e da covid-19 podem ser evitadas por vacinas que estão disponíveis gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS) em postos de vacinação em todo o país.

Ainda de acordo com o município, há uma ocupação de 100% dos leitos de retaguarda hospitalares na capital e nos municípios do entorno.

Isso levou, segundo a prefeitura, à superlotação dos centros de atendimentos, o que representa um “elevado risco sanitário para a população”.

O decreto autoriza a contratação temporária de profissionais para a rede municipal de saúde, a ampliação da carga horária dos contratos administrativos já existentes e a dispensa de licitação para aquisição de bens e serviços voltados para o enfrentamento da emergência sanitária.

Preocupação com o frio

A prefeitura manifestou preocupação com a proximidade do período de baixas temperaturas, principalmente com o inverno, quando já é previsto aumento nos atendimentos em unidades de saúde por doenças respiratórias.

Isso porque as pessoas passam mais tempo em locais fechados e com aglomerações quando está frio. “Considerando que as baixas temperaturas podem aumentar as internações especialmente devido ao aumento de doenças respiratórias e complicações cardiovasculares no inverno.”/COM AGÊNCIA BRASIL

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