Fogo já destruiu mais de 1,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília
QUEIMADAS
Em 2010 e 2007 os incêndios registrados no Parque queimaram respectivamente, 15,6 mil e 14,1 mil hectares
Fogo já destruiu mais de 1,4 mil hectares do Parque Nacional de Brasília (Foto: Agência Brasil)
A queimada que atinge o Parque Nacional de Brasília desde este domingo (15) já consumiu 1.473 hectares. A informação é da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) do Distrito Federal, nesta manhã de quarta-feira (18). O local tem cerca de 43 mil hectares.
Em 2010 e 2007, os incêndios registrados no Parque queimaram, respectivamente, 15,6 mil e 14,1 mil hectares. Inclusive, o Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) informou que, apesar da mobilização, o fogo no local está abaixo da média anual, em 2024.
Já no Estado de Goiás, um incêndio de grandes proporções também consumiu cerca de 10 mil hectares do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros, na região nordeste de Goiás, há alguns dias. É preciso dizer, nos últimos cinco anos, foram frequentes as queimadas no local, uma das unidades de conservação federais mais importantes do Brasil. As ocorrências se concentram principalmente entre os meses de maio e setembro.
Um dos incêndios de maior proporção no parque aconteceu em 2021, quando foram destruídos 25 mil hectares de vegetação nativa. O combate ao fogo demandou a participação de centenas de brigadistas, voluntários e bombeiros na época.
Queimadas no Cerrado
As queimadas no Cerrado, em 2024, já superam todo o ano de 2023. Os dados são do Monitoramento dos Focos Ativos do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) e abrangem de 1º de janeiro a 14 de setembro.
Vale citar, o bioma é predominante em Goiás. Ele também abrange Estados como Tocantins, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Bahia, Maranhão, Piauí, Rondônia, Paraná, São Paulo e Distrito Federal.
No período, foram registrados 59.144 focos. Em todo o ano passado, foram 50.713. Um aumento de 16,6% até o momento. Somente em setembro de 2024, até o dia 14, foram 19.832 focos de incêndio contra 13.230 em 2023.
Um dos responsáveis por agravar a situação, no ano passado, foi o fenômeno climático El Niño. Ele é responsável por aquecer as águas do Pacífico. Em 2024, contribuíram para aumentar a incidência de queimadas no Cerrado e a seca e também as temperaturas.
O Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), inclusive, emitiu, no fim do último mês, um alerta vermelho para baixa umidade na região central do País.
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