Goiás deve iniciar exportação de feijão-caupi biofortificado para a Índia

Ronaldo Caiado (UB) iniciou tratativas para exportação do feijão-caupi biofortificado para a Índia. O governador de Goiás participou do The Pulses Conclave 2025, na última quinta-feira, 13, e apresentou a produção da Embrapa Cerrados. “Não é apenas encher a barriga da pessoa. É uma condição para garantir qualidade de vida”, afirmou o chefe do Executivo Goiano.
O The Pulses Conclave é um evento internacional dedicado às leguminosas e se soma a um programa de segurança alimentar da Índia. O objetivo do governo indiano é combater a fome e o déficit nutricional de toda sua população, com mais de um bilhão de pessoas. “Isso está sendo desenvolvido por nós. Esse feijão tem maior concentração de ferro, zinco e proteína. É uma leguminosa muito usada pelo brasileiro e também está na cultura do povo indiano”, argumentou Caiado durante o evento.
As negociações do governador vão de encontro com as declarações de Pralhad Joshi, ministro de Assuntos do Consumidor, Alimentos e Distribuição Pública da Índia, que expôs a necessidade de importação de grãos. Joshi demonstrou interesse no feijão-caupi fortificado goiano.
Como o preço dessa variedade do feijão é maior do que o do grão convencional, isso acaba tornando-o mais atraente para os produtores goianos. Além disso, os indianos possuem políticas de incentivo fiscal voltadas para importação de alimentos, o que deixa a negociação com a Índia ainda mais lucrativa para os produtores rurais.
O secretário de Agricultura, Pecuária e Abastecimento de Goiás, Pedro Leonardo Rezende, que está junto da comitiva goiana na missão para a Índia, explica que “a oportunidade de abrir mercado para a Índia deste produto de alto valor agregado fortalece a posição de Goiás no mercado global de leguminosas, ao mesmo tempo em que colaboramos com o combate à fome e à desnutrição em uma nação tão importante”.
Da mesma forma que seu secretário, Caiado também destaca a produção e exportação de alimentos goianos como estratégia para combater a insegurança alimentar global. “Cerca de 850 milhões de pessoas no mundo passam fome. Mais de três bilhões possuem déficit alimentar. Sabemos do desafio que é suprir essa demanda”, sintetizou o governador.
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