Governador de SC desconsidera atuação do BNDES, diz Mercadante
O presidente do BNDES (Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social), Aloizio Mercadante, afirmou nesta sexta-feira (9) que as falas do governador de Santa Catarina, Jorginho Mello (PL), sobre a ausência de apoio federal à obra do contorno viário da grande Florianópolis desconsideram concessão federal feita no segundo governo Lula e a atuação do próprio banco de fomento.
Na manhã desta sexta, o presidente Lula (PT) participou do evento que inaugurou a obra e disse que Mello perdeu a oportunidade de inaugurar a obra mais importante do estado. O governador, que está no Espírito Santo em reunião do Consud (Consórcio de Integração Sul e Sudeste), afirmou que o contorno viário não precisava de inauguração.
“Gostaria que o governo federal viesse inaugurar obras federais, inaugurar uma obra privada que ele não colocou um centavo, para mim não faz sentido”, disse Mello.
Para Mercadante, a fala do governador desconsidera que a concessão federal se deu no segundo mandato de Lula. Ele também citou a atuação do BNDES. “O Contorno Viário da Grande Florianópolis, inaugurado nesta sexta-feira pelo presidente Lula, não existiria sem o BNDES”, disse.
“Na gestão do BNDES, ao contrário de alguns que não sabem conviver com a democracia e com o pacto federativo, continuaremos a seguir a orientação do presidente Lula de atuar de forma republicana na análise de projetos fundamentais para a melhoria da vida do povo brasileiro”, ressaltou.
Mercadante disse que o banco financiou diretamente R$ 850 milhões de investimentos da Arteris Litoral Sul S.A, concessionária responsável pela administração do trecho que liga Curitiba (PR) a Palhoça (SC), incluindo o Contorno Viário de Florianópolis.
“Após ter sido o único financiador do projeto em seu início, momento de maior risco, o BNDES ancorou a emissão de uma debênture de R$ 2 bilhões, ajudando a trazer investidores privados e viabilizando a realização da obra”, acrescentou.
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Folha de São Paulo