Economia

Haddad confirma proposta de salário mínimo a R$ 1.502 em 2025

Aumento do salário mínimo muda outros benefícios. O piso nacional serve de referência para aposentadorias, auxílios e demais benefícios do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), como o BPC (Benefício de Prestação Continuada), por exemplo. Também influencia o abono salarial PIS/Pasep e o cálculo das contribuições previdenciárias de autônomos, MEIs, donas de casa de baixa renda e estudantes.

Proposta também inclui meta de déficit zero para 2025. A nova meta representa um afrouxamento em relação à indicação dada em 2023 de que o governo buscaria um superávit de 0,5% do PIB em 2025. Questionado se o governo federal teria desistido de fazer superávits neste mandato, Haddad rebateu dizendo que ainda haverá 2026 para buscar esse alvo.

Fazenda ainda trabalha para retomar arrecadação de 18,5% do PIB. Haddad reforçou que os gastos tributários continuarão sendo revistos para ajustar as contas públicas. “Desde 2015, nós temos um déficit estrutural nas contas primárias. Não é uma coisa nova, não é uma coisa boa, porque o Brasil não está crescendo mais por causa disso. Pelo contrário, o Brasil está crescendo menos. Então qual é o nosso esforço? Colocar ordem nisso”, afirmou.

Nós não costumamos antecipar os dados do PLDO [Projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias] antes da entrevista oficial. Mas vazaram esses dois dados, aí a imprensa toda está dando. Até me desculpo por estar falando disso antes das 17h, que é o horário combinado. Mas, sim, os dados são esses [salário mínimo de R$ 1.502 e meta de déficit zero].
Fernando Haddad, em entrevista à GloboNews

LDO deve ser enviada para o Congresso ainda hoje. A proposta traz as regras para elaboração do Orçamento de 2025 e precisa ser aprovada até 30 de junho.

Projeto será analisado pela Comissão Mista de Planos, Orçamentos Públicos e Fiscalização (CMO). O PP, do presidente da Câmara, Arthur Lira (AL), indicou o deputado Julio Arcoverde (PI) para comandar o colegiado, mas ainda não há data prevista para o início dos trabalhos. Pelo rodízio negociado entre Câmara e Senado, o relator do texto será um senador, mas o nome ainda não foi definido.

Matéria: UOL Economia

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