Ibovespa em alta e dólar em baixa? O que a análise técnica aponta para semana
O Ibovespa registrou uma recuperação significativa na última semana, rompendo a marca dos 130 mil pontos e sinalizando uma possível reversão de tendência para alta. Em contrapartida, o dólar seguiu em queda, com expectativas, a partir da análise técnica, de atingir R$ 5,43 e, potencialmente, R$ 5,20.
Já o Bitcoin, após uma forte queda de 15% do começo da semana passada, encontra-se, agora, em um canal de baixa, mas com alguns sinais de recuperação.
As avaliações são de Rodrigo Cohen, embaixador da XP Investimentos. Ele trará todos os detalhes e análises do Ibovespa, dólar, Bitcoin, entre outros ativos, para próxima semana, neste domingo, a partir das 19h. no canal do Arena Trade.
Dessa forma, enquanto o Ibovespa se descola do mercado internacional e ganha força, o dólar perde suporte técnico, abrindo espaço para novas quedas. No mercado de criptomoedas, o Bitcoin testa suportes cruciais, buscando uma estabilização após uma semana de volatilidade.
Confira, a seguir, as análises completas:
Análise técnica: Ibovespa
“Na segunda-feira passada, após o grande ‘sell-off‘ provocado pelo temor de um ‘hard landing’ (desaceleração) na economia norte-americana, o Ibovespa passou a semana com uma boa correção. O mercado percebeu que a queda e a correção haviam sido exageradas”, explicou Cohen.
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Ele destacou que, apesar de o Ibovespa ter aberto com um grande ‘gap‘ de baixa na segunda-feira, o índice conseguiu se recuperar nos pregões seguintes, descolando-se do desempenho das bolsas dos Estados Unidos.
“Na própria segunda-feira, o Ibovespa montou um martelo de reversão, e, na terça, iniciou o processo de recuperação. Na sexta-feira, o índice rompeu os 130 mil pontos, indicando uma reversão de tendência para cima“, afirmou.
Cohen apontou que o gráfico do Ibovespa sugere uma possível continuidade da alta nesta próxima semana, com a chance de testar a máxima do ano, que está na casa dos 134.390 pontos.
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“Vamos aguardar os próximos capítulos para confirmar essa tendência de alta”, concluiu.
Dólar
Em relação ao dólar, Cohen destacou que a moeda está seguindo, neste momento, uma trajetória oposta à do Ibovespa. “O dólar perdeu a média móvel de 20 períodos e registrou praticamente uma semana (passada) inteira de queda”, explicou Cohen.
Ele acrescentou que a expectativa para os próximos dias é de que o dólar busque o patamar de R$ 5,43 (5.436 pontos) e, em seguida, possivelmente caia para a média móvel de 200 períodos, representada pela linha pontilhada preta no gráfico abaixo, situada em torno de R$ 5,20 (5.200 pontos).
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Cohen destacou que há um espaço significativo para uma desvalorização maior do dólar, especialmente se o mercado interno se animar.
“Essa queda pode ser ainda mais pronunciada com a pressão crescente para que os Estados Unidos reduzam as taxas de juros o mais rápido possível”, concluiu.
Petrobras (PETR4)
Sobre Petrobras (PETR4), Cohen pontuou a desvalorização de sexta-feira das ações, logo após a divulgação dos resultados do 2º trimestre e o anúncio de dividendos.
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Segundo ele, a Petrobras está num momento bem difícil, mas segue o Ibovespa e o movimento do petróleo, que tem grandes chances de entrar numa tendência de alta.
“Minha projeção é que o petróleo atinja 90 dólares, estando agora cotado a 80. Isso significa um potencial de alta de mais de 10%, quase 12%.”
Cohen acredita que esse cenário pode favorecer as ações da Petrobras. “A Petrobras tem uma oportunidade de alta com o fechamento de ‘gap’ datado no dia 13 de maio. A ação está atualmente cotada a R$ 36,80, mas vejo um upside de pelo menos 10%, podendo chegar a R$ 40,00″, concluiu.
Vale (VALE3)
O especialistas avaliou, sobre a Vale (VALE3), que a mineradora não apresenta um cenário favorável no momento. “Vale não está muito bem. Fechou a semana abaixo de um ponto de suporte importante, perdendo o fundo anterior, olhando pelo gráfico semanal.”
Cohen também mencionou a falta de movimento no mercado de minério de ferro, o que impacta diretamente o desempenho da Vale. “O minério também não está se mexendo. Vamos esperar esta semana, que trará vários indicadores da China. Esses indicadores podem ajudar o minério e, consequentemente, a Vale.”
No entanto, ele mantém uma postura cautelosa em relação ao ativo. “Por enquanto, não é um ativo que estou de olho. Fechou o ‘gap‘ lá em cima, acabou voltando, e fechou a semana com queda. Não vejo oportunidade por enquanto, não é um ativo que eu ficaria posicionado,” concluiu Cohen.
Bitcoin
Por fim, sobre o Bitcoin, ele ressaltou que o ativo digital sofreu uma queda acentuada de 15% – no começo da semana passada -, atingindo a região dos 48,9 mil dólares durante o ‘sell-off’ dos mercados.
“Foi uma queda significativa, que levou o Bitcoin a buscar um suporte relevante, posicionando-o de volta em um canal de baixa, que tem sido respeitado”, afirmou Cohen.
Ele explicou que o Bitcoin recuou ao encontrar a linha preta no gráfico (veja acima), representando a média móvel de 200 períodos, “um ponto técnico crucial”.
“Essa média móvel é uma linha importante; acima dela, o Bitcoin tem espaço para alta, mas, abaixo, pode voltar a testar fundos”, observou.
Cohen concluiu dizendo que, apesar das quedas, o Bitcoin apresentou uma boa recuperação na última semana, e que será interessante observar seu comportamento nos próximos dias.
Estudo técnico
No programa que começa às 19h, o analista fala ainda sobre minicontratos de dólar e índice, bem como os futuros de bitcoin.
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