Juiz do breaking explica nota zero à australiana alvo de piadas
Paris 2024
Ela foi motivo de piadas nas redes sociais e se defendeu dos ataques reivindicando sua “criatividade” e liberdade
Rachel ‘Raygun’ Gunn, competidora australiana de breaking , nas Olimpíadas de Paris. Foto: Angelika Warmuth/Reuters
Chefe dos juízes do breaking nas Olimpíadas de Paris e também praticante da modalidade, Martin Gilian explicou o porquê da nota zero dada a Rachael ‘Raygun’ Gunn, australiana que virou alvo de piadas por suas apresentações na competição.
“Nós estamos com ela. Temos cinco critérios comparativos no sistema dos juízes. O ponto é que o nível dela apenas talvez não tenha sido tão alto quando o dos outros competidores. Repito: é um sistema de nota comparativo. Os rivais dela foram melhores, mas isso não quer dizer que ela foi péssima. Ela ofereceu o seu melhor”, disse Gilian, em entrevista ao jornal MetroUK.
O QUE MAIS ELE DISSE
Apoio da comunidade. “Pessoalmente, sinto muito. A comunidade do breaking e do hip hop com certeza oferece seu apoio a ela. Ela estava apenas tentando trazer algo novo, algo original e representativo de seu país”.
Inspiração em vivências. “Ela se inspirou em suas vivências, nesse caso, por exemplo, os cangurus. Para o breaking, quando você traz inovações e originalidade, você tem que ir além da dança, nas artes marciais ou nos animais, qualquer coisa”.
Outras atletas foram melhores. “Ela estava representando a Austrália e a Oceania e oferece o seu melhor. Ela venceu a eliminatória da Oceania. Se alguém está se perguntando como ela chegou às Olimpíadas, é porque ela se qualificou em sua região. Infelizmente, outras atletas foram melhores. É por isso que ela não passou de seu round”
O QUE ACONTECEU
Rachel ‘Raygun’ Gunn, de 36 anos, não conseguiu nenhum ponto nas três batalhas que participou na competição em Paris, onde o breaking, arte da dança procedente da cultura hip-hop, estreou como modalidade olímpica.
Ela foi motivo de piadas nas redes sociais e se defendeu dos ataques reivindicando sua “criatividade” e liberdade.
Seus movimentos geraram uma onda de comentários, a maioria hostis, com internautas que a comparavam com um canguru saltando e com o personagem de desenho animado Homer Simpson dando voltas no chão.
“Fiz o que faço de melhor, mostrei minha criatividade, meu estilo, um pouco da personalidade australiana, para tentar conquistar um lugar no cenário mundial”, disse a B-girl à emissora de TV Nine Network.
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