Economia

Katherine Rivas: Banco do Brasil é opção para ter pagamentos robustos até o fim do ano

Mesmo diante dos bons resultados, a inadimplência do banco estatal avançou. Olhando para o indicador que mede os atrasos acima de 90 dias, este chegou a 3% em junho. Em março, estava em 2,9% e em junho de 2023, o patamar era de 2,73%. Apesar disso, a inadimplência ainda se encontra abaixo do Sistema Financeiro Nacional, que alcançou 3,2% em junho e março de 2024.

Banco guardou mais dinheiro para cobrir inadimplentes. A PCLD (Provisão para Créditos de Liquidação Duvidosa) Ampliada teve alta de 8,8% nos últimos 12 meses, para R$ 7,8 bilhões. No primeiro semestre, a variação foi de 25,5%, somando R$ 16,3 bilhões. O banco também elevou suas projeções para a PCLD Ampliada em 2024, para entre R$ 31 bilhões e R$ 34 bilhões. No começo do ano, a projeção apontava para R$ 27 bilhões a R$ 30 bilhões.

Inadimplência é preocupante?

Esse aumento pode preocupar investidores. Isso porque pode comprometer o lucro e, consequentemente, os dividendos do banco estatal no segundo semestre.

Ninguém mexe nos dividendos. Mas, segundo Geovanne Tobias, CFO do Banco do Brasil (BBAS3), a instituição ainda se propõe trabalhar com um lucro entre R$ 37 e R$ 40 bilhões para o ano, e os dividendos não seriam impactados mesmo com o aumento das provisões. “É importante entender que o aumento da provisão para devedores duvidosos está sendo contrabalanceado com o incremento dos negócios”, comentou Tobias, em live com jornalistas.

Melhor prevenir do que lamentar. O analista CNPI Bruno Oliveira, do projeto Vida de Acionista, considera que o aumento de provisões para devedores duvidosos foi mais uma postura conservadora do Banco do Brasil do que uma medida para remediar algum estrago. “Eles estão dentro das metas e enxergo esse movimento como uma medida de preservação, algo mais conservador, porém interessante para os acionistas”, declara.

Matéria: UOL Economia

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