Economia

Katherine Rivas: Com dólar alto, quais ações valorizam mais e oferecem bons dividendos?

“Esperamos um dividend yield entre 12% e 14% para os próximos 12 meses”, comenta Saravalle.

Ainda na lista de boas pagadoras, Bruno Oliveira, analista CNPI do Projeto Vida de Acionista, enumera a CSN Mineração (CMIN3), que também tem receita em dólares e custos em reais. A empresa também tem um diferencial, que pode favorecer o investidor em tempos de juros elevados. É o fato de ter um endividamento negativo e R$ 5 bilhões em caixa, o que a deixa confortável para ter um forte ciclo de investimento e ainda remunerar os seus acionistas. Lembrando que empresas endividadas podem ter seus dividendos pressionados com a alta dos juros.

Oliveira tem uma projeção conservadora para os dividendos da companhia, de R$ 0,50 e 9,6% de dividend yield para 2025. No entanto, a companhia pode pagar mais e surpreender positivamente o investidor a depender dos seus resultados.

Por último, Oliveira cita a fabricante de papel Klabin (KLBN11), que tem diversos clientes espalhados pelo mundo, o que faz com que a companhia exporte seus produtos. Mas, um detalhe importante, a dívida da empresa também é em dólares.

No entanto, Oliveira explica que a Klabin tem forte flexibilidade operacional e comercial, para aumentar a oferta dos seus produtos de acordo com o cenário cambial mais favorável. Além disso, a companhia tem sua dívida protegida por sistemas de hedge, o que mitiga boa parte dos efeitos financeiros na alta do dólar.

“Se por um lado a dívida fica mais cara em reais, eles conseguem exportar mais, recebendo mais dólares e amenizando o efeito cambial do endividamento”, observa Oliveira.

Matéria: UOL Economia

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