Economia

Katherine Rivas: Quer investir na Petrobras para ter renda passiva? Veja 6 respostas

A política estabelece pagar 45% do fluxo de caixa livre – que é o fluxo de caixa operacional menos os investimentos, aquisições de imobilizados e intangíveis e aquisições de participações societárias. Tudo isso em um cenário em que o endividamento da empresa esteja abaixo de US$ 65 bilhões e o petróleo Brent acima de US$ 40 o barril. Segundo cálculos do Itaú BBA, o fluxo de caixa livre foi de US$ 6,1 bilhões. Como a companhia vai utilizar 45% do fluxo de caixa livre, o valor final para os dividendos foi de US$ 2,6 bilhões.

A petroleira vai usar parte de sua reserva. Ela vai tirar R$ 6,4 bilhões da sua reserva de remuneração de capital para complementar os pagamentos, que ficará com um saldo final de R$ 15,5 bilhões.

2. Usar a reserva de capital para dividendos regulares é preocupante?

O problema seria se os próximos resultados da empresa também fossem negativos. Mas tudo indica que foi uma questão pontual do 2° trimestre e a petroleira deve voltar a reportar resultados positivos nos próximos trimestres, distribuindo dividendos sem recorrer à reserva de capital, diz Ruy Hungria, analista da Empiricus Research.

Estatal mostrou que caso foi pontual. A Ativa Investimentos destaca que houve um esforço por parte da gestão em mostrar que, por mais que tenha causado algum ruído o uso da reserva, foi uma prática pontual e não significa que a atual gestão não pagará dividendos extraordinários. Gabriel Duarte, analista da Ticker, defende que o investidor não deveria ter nenhuma preocupação, já que a função de uma reserva de remuneração é justamente estabilizar o pagamento de proventos em momentos de adversidades, e não só pagar dividendos extraordinários.

“A Petrobras constituiu essa reserva para administrar melhor esses momentos de mercado, em que tenha prejuízo ou o barril de petróleo despenque. Ela pega o dinheiro e paga para que os acionistas não fiquem sem, inclusive o próprio governo que também é acionista”, comenta.

Matéria: UOL Economia

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