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Kell Smith recorda infância e reforça potência da arte: ‘Levei tempo para acreditar’


Em entrevista à TV CARAS, a cantora Kell Smith comenta a importância da arte como forma de informação e representatividade

Foi através do projeto Hora do Mostarda, com a regravação de É Tão Lindo, que Kell Smith (32) conseguiu acessar sua criança interior e levar informação para muitas outras pessoas. Em entrevista à TV CARAS, a cantora recorda sua infância e reforça a potência que a arte tem que criar representatividade para muitos.

Pensei nisso [infância] na gravação do clipe, vendo a Alice como protagonista e vendo minha relação com aquela criança. Sabendo que ela estava se divertindo, fazendo algo que é importante para todos nós, não só para ela“, começa Kell Smith.

Em diversos momentos não me senti o suficiente para fazer, às vezes, eu não era normal o suficiente, não conseguia porque a limitação, prejuízo… então foi um encontro. Eu estava conversando com a minha criança através daquela criança. Eu levei muito tempo para acreditar que era possível, que faria a diferença.”

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Para a artista, esse é justamente o papel fundamental da arte. “Quando falamos de representatividade, às vezes não fica claro o poder que ela tem. Quando a Alice está vivendo esse momento, nós que também somos mães de crianças neurodivergentes, acreditamos que o nosso filho e nós somos capazes. Faz toda a diferença, influencia na esperança.” 

Apesar disso, a artista reconhece que apenas a representatividade e acolhimento não são os únicos pilares para a vida de pessoas neurodivergentes. A questão financeira e de acesso também fazem parte, e é preciso ter informação.

Faz diferença hoje na minha vida ter acesso à psiquiatra sempre que eu preciso, tratamentos terapêuticos com diversos profissionais, à medicação. Quantas pessoas como eu não vão conseguir? É uma questão de acesso. Para que possamos fortalecer nossa busca, é necessário fazer isso através da informação. E a arte é um veículo de informação e manifestação de seu tempo muito poderoso.”

A artista também aproveita para falar que grande parte de sua carreira e posição em relação ao tema acontece por causa de seus fãs. “Tudo o que eu escolho expor vem da relação com o meu público. Faço músicas reais para pessoas reais. Eu não conseguiria sozinha. Quanto mais vulnerável eu me permito ser, mais corajosa eu me torno.”  

Nascida na capital de São Paulo, Kell Smith é cantora, compositora e artista independente. Filha de missionários, ela começou na música gospel aos 14 anos e, posteriormente, iniciou a carreira com apresentações em bares e com o contrato com a gravadora Midas Music. Ela ganhou notoriedade nacional com o sucesso Era Uma Vez.

ASSISTA NA ÍNTEGRA A ENTREVISTA DE KELL SMITH À TV CARAS:

Leia mais em: Kell Smith transforma caos em reflexão em Vivendo, música com padre Fábio de Melo

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