Lupi já havia pedido demissão no governo Dilma por escândalo com ONGs

Antes disso, seu antecessor, Glauco Wamburg, foi demitido por Lula por suspeitas de irregularidades em investigação que ficou conhecida como a “farra das passagens”. Diante da Operação sem Desconto, a permanência de Lupi ficou insustentável no governo, apesar de seu nome não ser citado na investigação.
Antes da confirmação da saída do presidente do INSS por determinação do presidente Lula, Lupi chegou a afirmar que ele permaneceria afastado do cargo e que um interino seria nomeado até o término das investigações.
“A indicação é da minha inteira responsabilidade. Ele (Stefanutto) é procurador da República, servidor que tem me dado todas as demonstrações de ser exemplar, fez parte do grupo de transição. Vamos, no processo, esperar as investigações em curso”, afirmou Lupi.
Lupi assumiu o cargo de presidente nacional do PDT após a morte de Leonel Brizola, fundador da legenda, e permaneceu à frente do partido entre 2004 e 2023, licenciando-se para assumir o ministério.
Antes, no governo Jair Bolsonaro (PL), Lupi liderou o PDT contra a Reforma da Previdência. A sigla chegou a abrir um processo na Comissão de Ética contra os deputados que votaram a favor da proposta.
Natural de Campinas, interior de São Paulo, Lupi fez carreira política no Rio de Janeiro. Ocupou uma cadeira de deputado federal pelo Estado entre 1991 e 1995. Na eleição de 2014, tentou uma vaga para o Senado, mas recebeu pouco mais de 3% dos votos, ocupando o quinto lugar na disputa, que foi vencida por Romário.