Médico alerta para o câncer que afetou Edson Celulari: ‘Pode se espalhar rapidamente’

No ano de 2016, Edson Celulari tornou público o diagnóstico de câncer no sistema linfático; em entrevista à CARAS Brasil, o Dr. Jorge Abissarma explica
No ano de 2016, Edson Celulari (67) tornou público o diagnóstico de um linfoma não-Hodgkin, tipo de câncer que afeta o sistema de defesa do organismo. Hoje, quase dez anos depois, o ator está curado, mas já falou das inseguranças durante o tratamento. Para entender mais sobre o assunto, a CARAS Brasil entrevista o Dr. Jorge Abissamra, médico oncologista.
Durante participação no programaConversa com Bial, da Globo, recordou como foi receber o diagnóstico e confessou ter tido muitas dúvidas, mas estava muito bem amparado pela família e confiante na cura: Não é medo da morte, a gente não quer pensar na morte, mas sabemos que a morte é inevitável. O medo na hora era de pensar nas pessoas que eu amo, nos meus filhos, na minha mulher. Este rompimento é o grande problema que você pensa“, disse ele.
Segundo o Dr. Jorge Abissamra, médico oncologista e especialista em Oncologia Clínica pelo Instituto de Câncer Arnaldo Vieira de Carvalho, o linfoma não-Hodgkin é um tipo de câncer que se origina nos linfócitos, células do sistema imunológico que circulam pelo sangue e se concentram em órgãos como os gânglios linfáticos, baço e medula óssea.
“Ao contrário do linfoma de Hodgkin, que tem características bem específicas, o não-Hodgkin representa um grupo bastante diverso de linfomas, com diferentes comportamentos clínicos e graus de agressividade. Pode surgir em qualquer parte do corpo, mas é mais comum nos linfonodos”, explica.
Quais os sintomas?
Em alguns casos, o linfoma pode afetar órgãos específicos e gerar sintomas localizados, como dor abdominal, tosse ou falta de ar. O oncologista destaca os principais sinais.
- Aumento de gânglios (ínguas) no pescoço, axilas ou virilha, geralmente indolores;
- Febre persistente;
- Suor noturno excessivo;
- Perda de peso sem causa aparente;
- Fadiga;
- Coceira no corpo;
De acordo com o Instituto Nacional do Câncer (INCA), com dados divulgados em 2022, nos últimos 25 anos, o número de casos de LNH duplicou, com um crescimento mais acentuado em pessoas acima dos 60 anos. Por isso, o Dr. Jorge Abissamra destaca a importância do diagnóstico precoce.
“Os avanços no tratamento melhoraram bastante as chances de cura ou controle a longo prazo. Muitos pacientes vivem bem e por muitos anos após o diagnóstico”. Por se tratar de um câncer que afeta o sistema linfática, parte importante do sistema imunológico, é necessário atenção.
“O linfoma pode se espalhar rapidamente, o que exige uma avaliação criteriosa e início de tratamento adequado o quanto antes. Felizmente, mesmo os casos avançados podem ter boa resposta com os tratamentos disponíveis hoje, que incluem quimioterapia, imunoterapia e, em alguns casos, radioterapia”, finaliza o oncologista.
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