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Médico explica sequência fatal que levou à morte do Papa Francisco: ‘Chamado colapso’


Em entrevista à CARAS Brasil, o cardiologista Raphael Boesche Guimarães explica como uma infecção pulmonar pode desencadear eventos fatais em pacientes idosos

A morte do Papa Francisco na última segunda-feira, 21, aos 88 anos, reacendeu discussões sobre os riscos das complicações cardíacas em idosos. A causa oficial foi um colapso cardiocirculatório, que teria ocorrido após um acidente vascular cerebral (AVC), segundo comunicado do Vaticano. Mas o que chamou atenção do cardiologista Raphael Boesche Guimarães foi o fato de o pontífice estar se recuperando de uma pneumonia, infecção pulmonar comum, mas que pode ser extremamente perigosa — especialmente em pessoas com idade avançada e histórico de doenças cardiovasculares.

Em entrevista à CARAS Brasil, o médico ressalta que é fundamental que a população entenda como esses eventos estão interligados. “Muita gente não imagina, mas uma pneumonia grave pode ser o estopim de uma série de eventos perigosos no corpo. A infecção inflama os vasos sanguíneos, aumenta a coagulação do sangue e pode até desestabilizar placas de gordura nas artérias, o que favorece a formação de coágulos. Esses coágulos, por sua vez, podem subir ao cérebro e provocar um AVC isquêmico”, explica.

Além disso, em casos graves de infecção, o organismo entra em sobrecarga. O pulmão tem dificuldade de oxigenar o sangue, e o coração precisa trabalhar mais intensamente para compensar. “Imagine um organismo já fragilizado, tentando lidar com febre alta, oxigenação ruim e pressão instável. Se o cérebro sofre um AVC, o controle do ritmo cardíaco e da respiração também é prejudicado. Isso pode desencadear uma falência total do sistema cardiovascular: o chamado colapso cardiocirculatório”, esclarece Raphael.

Segundo o especialista, casos como o do Papa Francisco são um alerta importante para familiares de pacientes idosos. “Pneumonia em idoso nunca é simples. Ela é uma das principais causas de morte nessa faixa etária porque pode complicar muito rápido e afetar outros sistemas vitais. O acompanhamento médico deve ser constante, e qualquer sinal de piora deve ser levado a sério”, orienta.

Leia também:Médico faz alerta importante para casos como o de Leci Brandão: ‘Exigem atenção redobrada’




Caras

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