Metrô desiste de acabar com gratuidade para policiais após pressão de Derrite
O Metrô desistiu de acabar com a gratuidade para policiais civis e de restringir o benefício para policiais militares e guardas civis metropolitanos após pressão de representantes da categoria e, especialmente, do secretário de Segurança de São Paulo, Guilherme Derrite.
O Metrô registrou prejuízos nos últimos anos (prejuízos de R$ 1,2 bilhão em 2022 e R$ 900 milhões em 2023) e, por isso, tem implementado medidas de corte de custos —assim como outros órgãos da gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos).
Além de secretário de Segurança, Derrite é conselheiro fiscal do Metrô desde abril, como revelou o Painel.
A decisão de acabar com a gratuidade para policiais civis e restringi-la para o período quando PMs e guardas estão fardados fazia parte da mesma lógica.
O fundamento da medida era o fato de que com o fim do estado de emergência da pandemia da Covid-19, período no qual o benefício foi concedido, não se sustenta mais a necessidade de mantê-lo. O Metrô oficializou a decisão internamente e estava preparado para implementá-la em breve.
Segundo apurou a coluna, associações de policiais foram informadas da decisão e procuraram o secretário Derrite, que, por sua vez, enviou ofício ao presidente do Metrô, Julio Castiglioni, pedindo que ele reconsiderasse a medida.
No documento, enviado na terça-feira (18), Derrite diz que a gratuidade é importante para que os policiais se desloquem de suas residências para o trabalho e também para diferentes pontos de ocorrência.
Ele também afirma que a presença dos policiais no metrô é um fator inibidor de crimes e que a gratuidade ajuda a mitigar os custos pessoais que eles têm.
Em nota, o Metrô afirma que manterá a gratuidade aos policiais civis e militares “mediante identificação funcional, sendo dispensada tal apresentação aos policiais e bombeiros militares trajando suas fardas”.
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Folha de São Paulo