Economia

‘Meu mandato vai até 2027’, desconversa Galípolo sobre presidência do BC

Ele destacou ainda que seu mandato se encerra em março de 2027. Primeiro diretor indicado por Lula para a atual diretoria do BC, Galípolo defendeu a necessidade de elevar a credibilidade da autoridade monetária. Para isso, o diretor de política monetária destaca a necessidade de “falas e ações que coerentes”.

Alta dos juros

Galípolo destaca que o último dado de inflação traz alerta para o BC. Segundo o diretor do BC, a variação do IPCA (Índice Nacional da Preço ao Consumidor Amplo) em julho veio acima das expectativas do mercado financeiro. Ele cita como determinante para os resultados recentes o patamar elevado dos preços de serviços. “Isso tem deixado a gente numa situação mais desconfortável”, avalia.

Última reunião do Copom manteve a Selic estável em 10,5% ao ano. Após interromper, em junho, a trajetória de cortes da taxa básica de juros, os diretores do BC optaram pela segunda manutenção consecutiva da taxa Selic no patamar atual. Ao justificar a decisão, o Copom (Comitê de Política Monetária) cita as incertezas globais, as expectativas para a inflação e o ambiente fiscal ainda adverso.

Possibilidade de aumentar a taxa básica de juros não é descartada. Na ata divulgada na última terça-feira (6), a autoridade monetária garante que “não hesitará em elevar a taxa de juros para assegurar a convergência da inflação à meta se julgar apropriado”. A última alta da Selic aconteceu em junho de 2022, quando a taxa atingiu 13,75% ao ano.

Atual patamar da taxa básica de juros é alvo de críticas de Lula. O presidente classificou como “uma pena” o fim do ciclo de quedas da taxa Selic. “Quem está perdendo com isso é o Brasil, é o povo brasileiro”, esbravejou. Lula considera que Roberto Campos Neto, atual comandante da autoridade monetária, tem viés político e avalia que o nível da taxa básica inibe o crescimento da economia.

Matéria: UOL Economia

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