Mexicano que dizia querer produzir Lamborghinis no Brasil é alvo da PF
Ele foi processado pela Lamborghini por uso indevido da marca, mas tentou emplacar por anos carros de luxo feitos na América Latina. Também conhecido como “Joan Ferci”, García disse ter adquirido direitos da marca nos anos 90 e tentou emplacar projetos no Paraguai e no Brasil, já que podia “customizar” os veículos e vendê-los no mercado latino. Nenhum modelo, porém, obteve sucesso comercial.
O argentino participou de reuniões com governadora de Santa Catarina para “discutir” fábrica de carros de luxo. De acordo com o portal NSC, a então governadora interina Daniela Reinehr se reuniu com Jorge García em 2021, e as publicações do governo o apresentaram como um empresário interessado em montar uma fábrica para produzir Lamborghinis elétricas em SC. Os registros do encontro foram posteriormente apagados.
PF diz que argentino foi condenado por falsificação de contrato e assinatura falsa nos EUA. A pena foi de US$ 6 milhões, cerca de R$ 30 milhões.
Além de comercializar produtos da marca, também participou do projeto de criação de uma criptomoeda relacionada a essa mesma empresa e se associou a criminosos de outros estados envolvidos em pirâmides financeiras e movimentações de capital sem a autorização do BACEN (Banco Central) ou CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
Trecho da nota da PF sobre operação contra golpista
A operação prendeu duas pessoas hoje. A PF não divulgou o nome dos suspeitos. Havia cinco mandados de prisão nas cidades de Rio do Sul (SC), Itapetininga (SP), Cabo de Santo Agostinho (PE) e Belmonte (BA). Também houve sete mandados de buscas nas cidades citadas e em Campinas (SP) e Paulista (PE).
Uma operação de 2022 já havia identificado movimentações de pelo menos R$ 30 milhões pelo grupo criminosos. Pelo menos 400 pessoas foram vítimas dos golpes de pirâmide financeira e fraudes entre 2017 e 2020, e as descobertas das autoridades embasaram uma nova investigação.
Matéria: UOL Notícias