Ministério da Saúde negocia aquisição de 25 mil doses de vacina contra Mpox
A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou nesta quinta-feira (15) a aquisição de 25 mil doses da vacina contra Mpox com a Organização Pan-Americana de Saúde.
“Nós vacinamos no Brasil com licença especial da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) em casos muito excepcionais e grupos muito vulneráveis”, disse. “A vacinação nunca será uma estratégia em massa para Mpox, isso é importante dizer para que a população não se sinta desprotegida por não ter uma vacina”.
Na quarta-feira (14), a OMS declarou a Mpox uma emergência de saúde pública global pela segunda vez em dois anos, após um surto da infecção viral na República Democrática do Congo que se espalhou para países vizinhos.
Ao final da tarde de quarta, a ministra havia afirmado que a emergência em saúde pública global “não é motivo de alarme e sim de alerta”.
Nesta quinta-feira (15), a ministra participou da instalação do Centro de Operações de Emergência em Saúde para coordenar ações de resposta à Mpox. O COE-Mpox foi aberto na sede da Secretaria de Vigilância em Saúde e Ambiente (SVSA), em Brasília.
O Brasil já registrou 709 casos (696 comprovados e 13 prováveis) e 16 mortes por Mpox este ano. Apesar do aumento e a circulação de uma variante mais perigosa do vírus, o Ministério da Saúde avaliou que o risco é baixo para o país. Dessas mortes, 15 eram portadores de HIV.
O número é menor comparado aos mais de 10 mil casos notificados em 2022, quando a doença atingiu o pico no Brasil.
A Mpox é uma doença viral causada pelo mpox vírus (MPXV), do gênero Orthopoxvirus e da família Poxviridae. O nome Mpox é a nova nomenclatura adotada pela OMS (Organização Mundial da Saúde) para a varíola dos macacos.
O vírus foi originalmente transmitido de animais para humanos, mas agora também circula entre pessoas.
Os sintomas incluem erupções e lesões de pele, ínguas, febre, dores no corpo, dor de cabeça e calafrios. A transmissão ocorre no contato com pessoas infectadas, materiais contaminados ou animais silvestres infectados.
O intervalo de tempo entre o primeiro contato com vírus e desenvolvimento de sintomas é, geralmente, de 3 a 16 dias.
Informação
Folha de São Paulo