Musk e a América Latina, uma história de afinidade ideológica e negócios
O magnata quer conquistar o mercado latino com sua empresa de internet por satélite que aumenta a conectividade, o que está conseguindo em países como Brasil e Chile. No México, fechou vários contratos com a Starlink e vai construir uma nova fábrica da Tesla.
A Argentina pode ser um filão para seus carros elétricos, por fazer parte, com Bolívia e Chile, do chamado “Triângulo do Lítio”, um elemento essencial para a produção de baterias.
O empresário sul-africano viveu como imigrante até se tornar um cidadão americano, em 2002, mas sua realidade nada tem a ver com as dificuldades enfrentadas por milhões de latinos que emigram para os Estados Unidos para fugir da violência, corrupção ou pobreza. A imigração, no entanto, é um dos seus temas recorrentes no X, onde ele se defende daqueles que o chamam de anti-imigrante.
Em setembro passado, durante uma visita à fronteira com o México acompanhado do congressista republicano Tony Gonzáles, Musk declarou-se a favor da imigração para pessoas “trabalhadoras e honestas” e criticou aquelas que “violam a lei”. Nesta semana, afirmou que os roubos cometidos por grupos criminosos chilenos que entram nos Estados Unidos graças ao programa de isenção de vistos vão piorar “se medidas não forem tomadas”.
A poucos meses das eleições presidenciais americanas, que serão disputadas pelo democrata Joe Biden e pelo republicano Donald Trump, não se sabe se o bilionário fará campanha para algum deles. Há um mês, ele anunciou que não fará doações diretas para suas campanhas, mas não se pode prever como agirá esse homem imprevisível, que chegou a colocar em apuros suas próprias empresas.
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Matéria: UOL Notícias