Saúde

OMS pede a fabricantes que submetam vacinas contra varíola dos macacos para avaliação emergencial

A OMS (Organização Mundial da Saúde) emitiu, na última sexta-feira (9), um comunicado pedindo aos fabricantes de vacinas contra a varíola dos macacos (também conhecida como Mpox) a enviarem uma Expressão de Interesse para Listagem de Uso de Emergência (EUL), ou seja, a submeterem as doses para aprovação de uso em caráter de emergência.

O diretor-geral da entidade, Tedros Adhanom Ghebreyesus, anunciou, na última quarta (7), que havia acionado o processo, dadas as “tendências preocupantes” na disseminação da doença.

Há um surto crescente na República Democrática do Congo (RDC) que agora se expandiu para fora do país. Uma nova cepa viral, que surgiu pela primeira vez em setembro de 2023, foi detectada pela primeira vez fora da RDC.

Esse é um processo de autorização de uso de emergência, especificamente desenvolvido para acelerar a disponibilidade de produtos médicos não licenciados, como vacinas, necessários em situações de emergência de saúde pública.

A recomendação é por tempo limitado, com base em uma abordagem de risco-benefício. A OMS está solicitando aos fabricantes que enviem dados para garantir que as vacinas sejam seguras, eficazes, de qualidade assegurada e adequadas para as populações-alvo.

Hoje, existem duas vacinas em uso contra a doença, ambas recomendadas para uso pelo Sage (Grupo Consultivo Estratégico de Especialistas em Imunização), da OMS.

A ideia da concessão de uma EUL é que o acesso às vacinas seja acelerado, especialmente para países de baixa renda que ainda não emitiram sua própria aprovação regulatória nacional. A EUL também permite que parceiros, incluindo Gavi (Aliança Mundial para Vacinas e Imunização) e Unicef (Fundo Internacional de Emergência das Nações Unidas para a Infância), adquiram vacinas para distribuição.

A mpox é uma doença viral causada pelo vírus da varíola do macaco, uma espécie do gênero Orthopoxvirus.

A doença pode ser transmitida aos humanos por meio de contato físico com alguém que está infectado, com materiais contaminados ou com animais infectados.

Historicamente, a maioria das pessoas afetadas foi contaminada por animais infectados.

Mas a partir de maio de 2022, as infecções pelo vírus ocorrem em todo o mundo por um subtipo diferente (Clade II).

No entanto, desde setembro passado, uma nova cepa ainda mais letal espalhou-se na RDC, sendo também transmitida através do contato sexual.

Os testes revelaram uma nova variante, resultado de uma mutação, do Clade I, chamada Clade Ib.

Informação

Folha de São Paulo

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