Onde Investir Para Aumentar O Retorno
Para reduzir esse risco, você deve conhecer muito bem o emissor do título e, caso seja uma instituição financeira, saber que existe o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que garante até R$ 250 mil em caso de inadimplência. Além disso, você também deverá se atentar à liquidez, que, na maior parte dos casos, exigirá que os recursos fiquem “travados” por alguns anos. Importante lembrar que os ativos isentos têm retornos menores porque você, investidor pessoa física, não pagará Imposto de Renda, equilibrando o retorno líquido.
Já para retornos esperados entre 13% e 25% ao ano, temos que pensar em renda variável, seja no Brasil, seja no exterior, neste caso com a possibilidade de o câmbio ajudar no retorno (embora possa atrapalhar também —em investimentos nada é 100% certo). Aqui os riscos são predominantemente sobre a imprevisibilidade desses retornos (além do câmbio, se forem no exterior), que podem ser maiores do que isso, mas podem ser menores e até negativos. Isso significa maior complexidade na alocação, preferencialmente contando com profissionais para auxiliá-lo, e também um horizonte de prazo mais longo (em geral, muito mais longo) embora haja liquidez.
Para além desses patamares de retorno esperado, as opções são os investimentos alternativos, como os FIPs (Fundos de Investimento em Participações), que exigem abrir mão da liquidez por muitos anos (em geral, algo em torno de oito anos) e apostam na valorização de empresas que ainda não estão na Bolsa, o que também aumenta os riscos.
Outras opções incluem as criptomoedas, que entregam uma liquidez maior, mas a oscilação dos retornos é muito alta e, nesse caso, uma decisão de desinvestimento no momento errado pode significar uma perda extremamente pesada.
E, por fim, uma modalidade que vem crescendo é o investimento em ativos judiciais, que tendem a entregar algo entre 20% e 30% ao ano. Aqui os riscos são o de liquidez, já que os ativos costumam ter uma expectativa em torno de três a cinco anos, mas com uma diferença: o prazo é estimado e pode tanto adiantar quanto atrasar, embora quando atrase eles costumem ser corrigidos pela Selic, o que ameniza o efeito. Aqui vale ter muita atenção sobre o ativo, sua origem e quem é o fornecedor, mas uma vantagem é que, feitas as devidas diligências, não há o risco de crédito, já que o emissor do título é um ente público, como o governo federal e, assim, não pode “dar calote”.
Concluindo, aumentar os retornos exige assumir riscos, e o ideal é sempre ter uma carteira diversificada em riscos e em retornos. Quais riscos e em que quantidade é a grande questão.
Matéria: UOL Economia