Procuradoria do STJD pedirá que Arena MRV seja interditada e Atlético-MG atue com portões fechados até que caso seja julgado
Copa do Brasil
Denúncia é por conta de confusões protagonizadas por parte da torcida durante a final da Copa do Brasil, disputada contra o Flamengo
Foto: Reprodução/Instagram
Por O Globo | Foto: Reprodução/Instagram – O Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) protocolará nesta segunda-feira a denúncia contra o Atlético-MG pelas confusões proporcionadas pela torcida do Galo na partida do último domingo, contra o Flamengo, pela final da Copa do Brasil. A ação terá como base os artigos 211 e 213 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva (CBJD).
O artigo 211 prevê multa de R$ 100 mil e interdição do estádio para o clube que “deixar de manter o local que tenha indicado para realização do evento com infraestrutura necessária a assegurar plena garantia e segurança para sua realização”. Já o 213 menciona “deixar de tomar providências capazes de prevenir e reprimir desordens em sua praça de desporto, invasão do campo e lançamento de objetos no campo”.
Além disso, a Procuradoria do STJD também irá protocolar uma Medida Inominada para a interdição da Arena MRV e o jogo com portões fechados em outro estádio até que ocorra o julgamento da denúncia citada anteriormente.
Arena pode ser interditada ainda essa semana
A partir do momento que em que tudo isso seja protocolado pela Procuradoria do STJD, a situação se desenrolará por meio de dois trâmites distintos. O primeiro, mais imediato, é o da Medida Inominada para que a Arena MRV seja interditada.
A partir do momento em que o pedido da Procuradoria for protocolado, ele irá para o presidente do STJD, Luís Otávio Veríssimo Teixeira, que irá decidir se aprova a interdição ou se a submete para o Pleno do STJD. Nesse caso, o clube não tem a possibilidade de recorrer.
Caso a entidade aprove a interdição da Arena MRV, ela valerá até a data do julgamento das denúncias pelos artigos 211 e 213. Nesse caso, o caso será julgado inicialmente pela Comissão do STJD. O clube tem a possibilidade de recorrer da decisão. No fim, o Pleno da entidade também tomará a decisão final para estabelecer uma pena.
A oficialização das ações do STJD será feita ainda nesta segunda. A Procuradoria da entidade já havia revelado que tomaria tais atitudes no último domingo, mas ainda aguardava a publicação da súmula da partida por parte do árbitro Raphael Claus. No documento, Claus relatou que diversos objetos e bombas foram arremessados no campo, que houve uma “ostensiva” tentativa de invasão por parte dos atleticanos, e que um laser foi colocado no rosto do goleiro visitante.
Ainda não há previsão de quando a denúncia será julgada. Além da súmula, vídeos da partida também serão utilizados para analisar o tamanho da punição.
Leia o que Raphael Claus detalhou na súmula da partida:
Informo que durante a partida aos 12 minutos e aos 50 minutos foi colocado um laser no rosto do goleiro visitante, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante. Foram arremessadas bombas no gramado explodindo próximo dos jogadores aos 9 minutos, 49 minutos, 50 minutos e 52 minutos, vindas da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante.
Informo ainda que também foram arremessados copos plásticos no gramado aos 6 minutos, 45 minutos, 51 minutos e 82 minutos, vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante.
Após o gol da equipe visitante, durante a comemoração, foram arremessados diversos objetos no campo de jogo vindo da arquibancada onde estava localizada a torcida mandante, na direção dos jogadores que estavam comemorando e também na direção da área técnica da equipe visitante. Nesse momento, a partida ficou paralisada por 7 minutos.
Informo também que nesse momento de paralisação um torcedor da equipe mandante invadiu o campo de jogo sendo contido e retirado pelos seguranças.
Momentos antes do início da premiação houve uma tentativa de invasão por parte de torcedores da equipe mandante de forma ostensiva, sendo contida pela segurança privada e posteriormente com o auxílio da polícia militar, que inclusive utilizou bombas de efeito moral para conter a referida tentativa”.
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