Reunião entre EUA e China sobre comércio deve ocorrer na segunda-feira, diz Trump

A reunião planejada entre autoridades norte-americanas e chinesas sobre comércio deve ocorrer em Londres na segunda da próxima semana, disse o presidente americano Donald Trump, nesta sexta-feira (6) em sua rede social, Truth.
Se juntarão ao encontro, segundo Trump, o secretário do Tesouro, Scott Bessent, o secretário de comércio, Howard Lutnick, e o representante comercial dos Estados Unidos, embaixador Jamieson Greer.
A fala ocorre um dia após o telefonema entre o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e o líder da China, Xi Jinping, que retomou as negociações entre as duas potências.
Na última quinta (5), os dois líderes conversaram sobre disputas envolvendo as exportações de terras raras —um dos pontos centrais das tensões entre as duas maiores economias do mundo.
“Estávamos resolvendo alguns pontos, principalmente relacionados a ímãs de terras raras e outras coisas”, disse o presidente mais tarde a repórteres no Salão Oval.
O presidente dos EUA reconheceu nesta quinta-feira (5) que a relação comercial com a China havia “saído um pouco dos trilhos”, mas disse que agora “estamos em uma situação muito boa com a China e o acordo comercial”.
A ligação entre os dois líderes marcou o primeiro contato formal conhecido desde que Trump reassumiu o cargo de presidente. A última conversa entre Trump e Xi havia ocorrido em janeiro, antes da posse do presidente americano.
Enquanto isso, autoridades dos EUA e da China trocaram críticas em evento da Câmara de Comércio Americana em Xangai.
O cônsul Scott Walker afirmou que a relação econômica é “desequilibrada” e cobrou o fim de retaliações contra empresas americanas. Já o representante chinês Chen Jing rebateu, dizendo que a fala era “preconceituosa” e não refletia o tom do telefonema entre Trump e Xi Jinping no dia anterior.
Após firmarem uma trégua comercial, a relação entre EUA e China se desgastou na última semana, com acusações de ambos os lados de violação do acordo.
As rusgas surgiram após os Estados Unidos suspenderem algumas vendas para a China de componentes e software usados em motores de aviões e semicondutores, uma resposta à repressão de Pequim à exportação de minerais utilizados em grandes setores da indústria.
O acordo, firmado em maio, definiu aos Estados Unidos reduzir de 145% para 30% as tarifas adicionais sobre produtos chineses (10% de taxa básica, mais 20% relacionados ao tráfico da droga fentanil). A China, por sua vez, diminuiu as taxas sobre importações americanas para 10% (eram 125%). O país asiático também prometeu suspender ou cancelar medidas não tarifárias tomadas contra os EUA.
Com informações da Reuters
Folha de São Paulo