Economia

Sem saber onde cortar, Lula ataca isenção

O presidente se reuniu ontem Tebet e o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, promoveram ontem a primeira reunião da JEO (Junta de Execução Orçamentária) com o presidente. O objetivo de debater o equilíbrio das contas do governo, em meio a pressões por corte de gastos e impasses com o Congresso.

O governo tem sofrido pressão por parte do mercado para cortar gastos. “A equipe econômica tem que me apresentar a necessidade de corte. Ontem quando vi, disse que fiquei perplexo, a gente discutindo corte de R$ 15 bilhões e dai descobre que tem R$ 516 bilhões de beneficio para os ricos desse país”, reclamou.

Segundo ele, as possibilidades de corte estão sendo analisadas e uma nova proposta será entregue em 22 dias. “Nós estamos investigando se tem casos exagerados em alguns programas sociais, se tem abuso, sem tem gente recebendo o que não deveria”, disse.

Lula também deixou clara a insatisfação com o embate no Congresso. O Legislativo derrubou os vetos do presidente à desoneração de 17 setores da indústria e, na última semana, devolveu a proposta de mudança para o uso de crédito do PIS/Cofins, proposta pelo governo. “Estou disposto a discutir, mas que a gente faça para que o povo mais humilde não seja o mais prejudicado”, disse.

O problema do Brasil é que a parte mais rica tomou conta do orçamento. É muita isenção sem que haja reciprocidade.
Lula, em entrevista à CBN

À procura de soluções

Em valor, o volume de incentivos concedidos no terceiro mandato de Lula é o maior desde 2016. A renúncia fiscal de 2023 superou a do ano anterior em 8,2%. Em 2023, foram instituídas 32 novas desonerações tributárias, com impacto de R$ 68 bilhões na arrecadação no União, de acordo com o TCU.

Matéria: UOL Economia

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