Economia

Sílvio Crespo: Já ouviu falar em robô que investe seu dinheiro? Fuja, é pior do que ‘bet’

A inteligência artificial do robô seria capaz de “analisar informações cruciais em tempo real e aproveitá-las assim que elas aparecem”. Além disso, o robô teria a vantagem de não ter o viés psicológico do ser humano, que acaba levando a erros na avaliação das tendências.

Para usar a ferramenta, é preciso pagar o valor da licença, de cerca de R$ 2.000 por semestre, e colocar um valor, à escolha do cliente, para a máquina investir na Bolsa. Além disso, o cliente precisa injetar dinheiro toda vez em que as operações caminham em direção ao prejuízo.

Quando o robô vira vício

Assim como acontece em qualquer jogo de azar, o que segura o apostador é o fato de que, às vezes, ele ganha. Quando você perde, quer esperar mais um dia para recuperar. Quando ganha, quer ganhar um pouco mais – afinal, você acreditou que o robô gerou um lucro de 634% em 12 meses.

Dessa forma, você entra em uma espiral que só termina quando o seu rombo financeiro chega a um nível muitas vezes maior do que você poderia imaginar.

Eu entendo que o robô investidor é ainda pior do que o vídeo em apostas porque seus clientes – digo, suas vítimas – acreditam que existe alguma ciência por trás da promessa de ganhos. Na verdade, as empresas que oferecem esse tipo de serviço não têm nem como provar que tais máquinas tiveram, no passado, o retorno anunciado – quem dirá prever o futuro.

Matéria: UOL Economia

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