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Sucesso em Roque Santeiro, atriz enfrentou perda de memória causada por Alzheimer


No ar no canal Viva com a reprise de Roque Santeiro, atriz veterana morreu após anos convivendo com mal de Alzheimer

Eloísa Mafalda, que está no ar na reprise de Roque Santeiro (1985) no canal Viva como Dona Pombinha Abelha, morreu aos 93 anos em 2018, devido a uma insuficiência respiratória. Durante os últimos anos, a artista enfrentou perda de memória causada por Alzheimer. Relembre outros papéis marcantes da intérprete que fez história na teledramaturgia brasileira.

Estrela por acaso

Eloísa Mafalda nasceu Mafalda Teixeira, neta de italianos e dona de um carisma natural que encantaria o Brasil. Sua trajetória artística, no entanto, começou de forma inesperada. Aos doze anos, quase se tornou nadadora olímpica, mas seu pai vetou sua participação nos Jogos de 1936.

Anos depois, já adulta e trabalhando como auxiliar de escritório nas Emissoras Associadas, teve o primeiro contato com o universo artístico por meio da atriz e professora Alice Waldvogel, que lhe ensinou as bases da interpretação.

O salto para a carreira veio com o incentivo do irmão, Oliveira Neto, locutor de rádio. Foi ele quem a convenceu a fazer um teste para o radioteatro da Rádio Nacional. Aprovada, adotou o nome artístico de Eloísa Mafalda — segundo ela, “mais bonito e com mais força cênica”.

Intérprete de ícones

A atriz integrou a elite das artistas da era de ouro da televisão. Seus papéis mais memoráveis atravessam décadas e estilos: da irreverente Dona Nenê na primeira versão de A Grande Família (1972), à enigmática Maria Machadão em Gabriela (1975). 

Em 1985, com a icônica Dona Pombinha Abelha de Roque Santeiro, Eloísa atingiu um de seus maiores sucessos. A moralista e conservadora figura da cidade de Asa Branca, sempre armada com seu leque e suas frases indignadas, virou referência cultural. Sua entrega à personagem era tamanha que, mesmo em meio a um elenco estelar, ela se destacava.

Ao longo da carreira, ainda brilhou em Pedra sobre Pedra (1992), Mulheres de Areia (1993) e Por Amor (1997), consolidando-se como atriz de apoio essencial para a construção de grandes tramas.

Despedida da memória

Nos anos 2000, após mais de 50 anos de carreira, Eloísa começou a enfrentar os efeitos devastadores do Alzheimer. A doença, que afeta progressivamente a memória, minou sua autonomia e levou a atriz a se afastar dos holofotes.

Além da doença neurodegenerativa, a atriz conviveu com as sequelas de uma fratura no fêmur, resultado de uma queda. Recolhida em Petrópolis, onde vivia com a filha, passou os últimos anos cercada pela família, com os dois filhos, netos e bisnetos. A artista faleceu em casa, em 2018, aos 93 anos, vítima de insuficiência respiratória. 

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