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Vanessa Soares: perícia do corpo visa identificar sinais da violência que levou à morte

PERÍCIA

Investigadores apuram se Vanessa sofria agressões durante os 5 anos de relacionamento

Vanessa Soares (Foto: Reprodução/Facebook)

Vanessa Soares (Foto: Reprodução/Facebook)

Instituto Médico Legal (IML) de Goiânia iniciou os exames periciais no corpo encontrado em Posse, que a Polícia Civil acredita ser o de Vanessa Soares, jovem de 24 anos desaparecida desde 21 de março. O laudo, que deve sair em até 10 dias, confirmará a identidade e as causas da morte – etapas decisivas para consolidar as provas contra o principal suspeito: Paulo Henrique Ferreira de Oliveira, marido da vítima, preso temporariamente por feminicídio.

Os peritos trabalham em três frentes:

  1. Identificação: O corpo estava em avançado estado de decomposição, enterrado em uma cova rasa às margens da GO-108, estrada vicinal para Guarani de Goiás. A confirmação será feita por análise dentária ou DNA, já que a família reconheceu indiretamente a vítima com base nas circunstâncias.
  2. Causa da morte: Investigadores buscam sinais de violência (como marcas de estrangulamento ou ferimentos por arma branca) para comprovar a tese de homicídio.
  3. Cronologia: A perícia tentará estimar há quanto tempo o corpo estava no local, cruzando dados com o relato do suspeito, que afirmou ter visto Vanessa pela última vez em 21 de março.

Segundo a versão inicial de Paulo, Vanessa desapareceu após supostamente ir ao banheiro durante a madrugada. Familiares estranharam o fato de ela ter deixado celular, documentos e aliança em casa. A polícia encontrou inconsistências nas declarações do marido, que mudou versões durante os interrogatórios e, após ser confrontado com provas, indicou o local do corpo.

  • Indícios coletados: A casa do casal foi vasculhada múltiplas vezes, com coleta de vestígios (como manchas de sangue ou sinais de luta). Equipes analisaram 30 horas de imagens de câmeras e rastrearam o trajeto do suspeito.
  • Prisão temporária: Paulo foi preso na segunda-feira (31) e segue detido. A defesa alega que ele “ajudou” ao revelar onde estava o corpo, mas a polícia sustenta que a ação foi resultado da pressão das evidências.

O caso é tratado como feminicídio – crime motivado por violência de gênero. Investigadores apuram se Vanessa sofria agressões durante os 5 anos de relacionamento, que culminou em casamento em janeiro de 2025.


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