Vaticano faz nota condenando mudança de gênero, aborto e eutanásia
Texto ainda trata da chamada “barriga de aluguel”. A “maternidade de substituição”, segundo o Vaticano, viola a dignidade tanto da mãe de aluguel quanto da criança, e lembra que o pontífice chamou a prática de “desprezível” e pediu uma proibição global.
Em outro trecho, documento reiterou a condenação permanente ao aborto, à eutanásia e à pena de morte. Texo cita Francisco, seus antecessores Bento 16 e João Paulo 2º e documentos anteriores do Vaticano.
Resistência conservadora
A “Dignitas infinita” (Dignidade infinita) foi escrita após forte resistência conservadora, especialmente na África, contra a posição do papa Francisco sobre questões LGBT. O posicionamento foi divulgado hoje pelo DDF (Escritório Doutrinário do Vaticano) quatro meses após o papa apoiar bênçãos para casais do mesmo sexo.
Nota foi aprovada pelo papa após alterações. O chefe da DDF, cardeal Victor Manuel Fernández, disse que o pontífice pediu a inclusão de temas como “a pobreza, a situação dos imigrantes, a violência contra as mulheres, o tráfico humano, a guerra e outros temas”.
Documento não anula medidas mais inclusivas decididas pelo papa, como as bênçãos para união de casais do mesmo sexo. O mesmo vale para a autorização para que pessoas trans sejam batizadas e sirvam como padrinhos, observou o jornal norte-americano The Washington Post.
Matéria: UOL Notícias