Vice de Nunes, coronel Mello diz que experiência na PM o ajudará a ser prefeito interino de SP
Futuro prefeito interino durante viagem de dez dias de Ricardo Nunes (MDB) à Ásia, o vice, coronel Ricardo Mello Araújo (PL), diz que se apoiará em suas experiências como chefe da Rota, batalhão de elite da Polícia Militar, e diretor do Ceagesp para administrar São Paulo.
“Estou com muita tranquilidade, venho junto ao Ricardo [Nunes] ajudando a tocar as secretárias e não vou ter dificuldade nenhuma. As experiências na polícia e na Ceagesp me dão este preparo, e não vamos inventar nada [na prefeitura]”, disse o vice.
Enquanto Nunes percorrerá China e Japão entre os dias 20 de abril e 1º de maio, o vice terá a sua primeira chance como chefe do Executivo e pretende continuar usando o metrô para se deslocar até a sede da prefeitura.
“Eu gosto de andar na rua, sentir o povo. Vou de metrô e já desço na porta. Às vezes, claro, quando tenho agenda, vou de carro”, afirma Araújo.
Neófito na política, o vice dedica parte do seu dia em abordar moradores, sobretudo em situação de rua, oferecendo tratamento contra dependência química, além de emprego, abrigo e passagem para quem quiser retornar ao seu estado natal.
Na ausência de Nunes, Araújo calcula que será possível conciliar tais tarefas com as demandas burocráticas no gabinete.
“Tendo oportunidade, não tendo agenda, vou para rua. Eu já faço isso mais cedo, às vezes no horário de almoço, mostrando para o pessoal [servidores] como deve ser feito, dando exemplo”, diz ele.
“Estamos todos os dias na assistência social, contra a dependência química, trabalhando pela segurança, saúde, zeladoria.”
Em uma dessas agendas, o vice se indispôs com o padre Júlio Lancellotti, coordenador da Pastoral do Povo da Rua. O padre, classifica o coronel, “é indiferente”.
“Ele [Lancellotti] foi atrás de mim, e eu disse que estava fazendo um desserviço. Em um dia tiramos 42 pessoas das ruas, 20 foram encaminhadas para tratamento, e teve uma que retornou. Ele fez o vídeo como se o morador estivesse certo em não se tratar”, afirmou Araújo.
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Folha de São Paulo