Economia

Quando investir e garantir dividendos de Itaú, Direcional e BMG

Para o segundo semestre, a expectativa é de continuidade da lucratividade do banco e de manutenção do dividend yield elevado. Para Marco Saravalle, analista CNPI-P e sócio-fundador da MSX Invest, contribui com o retorno em dividendos alto o fato de as ações do banco estarem descontadas pelos múltiplos preço sobre lucro. “Por conta disso, uma distribuição normal acaba tendo um yield expressivo”, destaca.

No Itaú, o analista espera que a ação entregue um dividend yield de 10% em 2024. Já para os próximos 12 meses, a expectativa de Saravalle é de um retorno em dividendos entre 8% e 8,5%.

A geração de caixa no segundo semestre deve ser puxada pelo crescimento das carteiras de crédito em ritmo modesto e sem descontroles da inadimplência, diz Saravalle. Outro fator que pode impactar é a forma como o Itaú lidou com as operações de tesouraria, diante da tendência de juros e câmbio.

Preocupa marginalmente, contudo, algumas companhias relevantes entrando em recuperação judicial que podem trazer preocupações nas linhas de PJ e corporate. “Mas na pessoa física continuamos com bons indicadores, sem nenhuma grande piora. Isso, reforça bons lucros, e consequentemente, bons dividendos à frente”, pontua Saravalle.

O Itaú é a melhor alternativa para quem busca equilíbrio entre risco e retorno, acrescenta o analista da MSX. Para Renato Reis, analistas da Blue3 Research, o Itaú é a melhor opção para dividendos quando se fala de estabilidade e confiança. Reis destaca que a inadimplência em queda e a redução das provisões para devedores duvidosos (PDD) podem ajudar a fortalecer a geração de caixa do Itaú no segundo semestre. O analista projeta um dividend yield de 7% para os próximos 12 meses.

Régua alta – Olhando para o longo prazo, Reis aponta que pelo seu histórico de eficiência operacional, o Itaú acaba negociando com um valor maior do que os pares, o que faz com que o mercado espere sempre ótimos resultados da instituição. Se em algum momento, o banco apresentar resultados medianos, um cenário de inadimplência duvidoso ou até queda no ROE (retorno sobre patrimônio líquido), certamente as ações seriam penalizadas.

Matéria: UOL Economia

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