Economia

quem ganha com a novidade e o que muda para o investidor

Com isso, o ISS fica equivalente ao de São Paulo, trazendo mais competitividade entre a B3 e a nova bolsa carioca. A ATG, empresa responsável pela operação da nova bolsa, que pertence ao fundo de investimentos Mubadala Capital, dos Emirados Árabes Unidos, já protocolou todos os pedidos necessários junto aos reguladores responsáveis: Banco Central e CVM.

Possível levar os papéis de uma Bolsa a outra. Ao UOL, eles disseram que a nova operação terá atuação nas três camadas da Bolsa de Valores: casamento de ordens (sistema da bolsa), clearing (empresa que liquida e compensa operações, medindo risco de mercado), e depositária (possibilitando que os papéis troquem de titularidade, independentemente da Bolsa onde foram compradas ou vendidas). Ou seja, com isso será possível trazer os papéis de uma Bolsa para a outra.

Possibilidade de novos investidores. Já as empresas que estarão na Nova Bolsa carioca, serão basicamente as mesmas da B3, segundo a ATG, a diferença é que o Rio possui mais de quatro mil fundos, o que representa 17,6% do total do Brasil. Ou seja, é possível haver a entrada de novos investimentos, juntamente com novos investidores. Segundo dados que constam no estudo “Setor Financeiro do Rio”, o estado reúne R$ 2,2 trilhões sob gestão, o que representa 34% dos valores investidos no país, reunindo 22,6% dos cotistas, com 1,1 milhão de investidores, e 20,4% das assets.

Vantagens para o investidor

Benefício para a economia. Para Aurélio Valporto, economista e presidente da Associação Brasileira de Investidores, a criação da nova bolsa traz benefícios não apenas para o investidor, mas para a economia e desenvolvimento do país como um todo por meio de novos investidores estrangeiros:

A concorrência não é só muito bem-vinda, mas é essencial e indispensável para o desenvolvimento econômico do país. Com a chegada desta nova bolsa em operação, o Brasil tende a atrair mais capitais externos, não pela redução das tarifas que a concorrência deve trazer, não pela elevação nos padrões de compliance, também inerentes à concorrência, mas porque muitos investidores institucionais estrangeiros têm por norma não aplicarem seus recursos em países que não possuam mais de uma bolsa de valores para terem mais de uma opção de operação, em caso de impossibilidade por qualquer motivo de operar em uma delas.
Aurélio Valporto, economista e presidente da Associação Brasileira de Investidores

Matéria: UOL Economia

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