Economia

Todos a Bordo: Black Hawk: Entenda polêmica com helicóptero que Brasil comprará dos EUA

Sem compensação tecnológica

O acordo entre os dois países dispensa a compensação tecnológica para a compra. Tema complexo dentro da área da defesa, o Brasil nem sempre adotou essa prática, que consiste em transferir ao país o conhecimento e tecnologias dos equipamentos adquiridos.

Um dos casos mais emblemáticos é o da compra dos caças Gripen para a FAB. O modelo da sueca Saab foi escolhido mediante acordo de transferência de tecnologia ao Brasil. Por meio de uma parceria com a Embraer, o avião está sendo produzido em Gavião Peixoto (SP), gerando empregos na região e ampliando a capacidade da indústria de defesa nacional.

Especialistas do meio ouvidos pelo UOL questionam se a urgência na renovação da frota justificaria esse tipo de medida, que é autorizada por lei diante de casos excepcionais. Essa justificativa, inclusive, é a dada pelo ministro da Defesa, José Múcio Monteiro no despacho autorizando a dispensa.

Uma alternativa seria estabelecer um diálogo a longo prazo com fabricantes para poder trazer essas tecnologias para o Brasil se houvesse tempo, gerando empregos para o setor no país, defendem. Outra, seria adquirir helicópteros médios de outros modelos, como é o caso do H145M, que é fabricado pela Helibras em Minas Gerais e que poderia ter novas entregas em aproximadamente de dois anos.

O fato é que, diferentemente de um carro, uma aeronave demora anos para ser entregue após a compra. Não costuma haver estoque para repassar ao consumidor final, tanto no setor militar quanto no civil. E esse é um problema que as Forças Armadas têm de pesar na hora de planejar suas frotas a longo prazo, como se antecipar ao fim da vida útil das aeronaves e realizar as compras em defesa dos interesses nacionais.

Matéria: UOL Economia

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