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Helicóptero que caiu no Rio Araguaia foi o sexto acidente aéreo registrado em Goiás em 2024

A queda do helicóptero que transportava cinco bombeiros e um militar da Marinha no último sábado, 20, em Britânia, foi o sexta acidente com aeronaves registrado em Goiás apenas no ano de 2024. Mesmo com a quantidade de ocorrências, nenhuma morte foi registrada, de acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

O número de registros se aproxima da marca contabilizada no ano passado, de nove acidentes e três mortos. Nos últimos 10 anos (entre 2014 e 2024), o estado foi palco de 105 acidentes e 44 óbitos, conforme o órgão da Força Aérea Brasileira Aeronáutica (FAB).

O ano com o maior número de ocorrências foi 2015, que teve 14 acionamentos e nove mortos. Em 2016, o estado viveu a maior letalidade envolvendo o transporte aéreo, com 10 mortos em sete acidentes.  

“Os acidentes, de forma geral, são provocados pela falha do motor em voo ou colisão de obstáculo, como um pássaro. Na maioria das vezes tudo se dá pelo erro humano, tendo em visto que estamos falando de uma máquina que passou por manutenção. Esse erro humano pode ter vindo da manutenção, da operação da aeronave ou da inspeção pré-voo”, explicou o advogado especialista em direito aeronáutico, Bruno Saran. 

Bruno diz que mesmo com a avaliação robusta, erros durante a manutenção e a operação das máquinas são comuns e variam desde esquecer uma ferramenta no motor e até mesmo não retirar a água do tanque do avião. Segundo o especialista, é comum o líquido se armazenar no fundo do recipiente devido a umidade.

Ele afirma que a sucção da água é realizada no checklists de pré-voo, que é de responsabilidade do polito. Bruno conta que também é indispensável a averiguação tanto da parte externa quanto interna da aeronave, a fim de analisar se há indícios de alguma irregularidade que possa levar a intercorrências, como um ninho de passarinho no motor.

“A partir daí, ele vai entrar na cabine de comando e executar os outros procedimentos para dar a ignição na aeronave. O piloto na decolagem e no voo pode errar, perder a consciência e ficar desorientado. Quando está no chão você tem orientação, mas no céu só tem nuvens”, concluiu.

Queda helicóptero

O último acidente aéreo registrado em Goiás ocorreu no último sábado, 20, quando o helicóptero do Corpo de Bombeiros caiu no Rio Araguaia, em Britânia. A aeronave transportava cinco bombeiros e o militar da Marinha do Brasil, que não morreram com a força do impacto devido a destreza do piloto. 


A queda do helicóptero que transportava cinco bombeiros e um militar da Marinha no último sábado, 20, em Britânia, foi o sexta acidente com aeronaves registrado em Goiás apenas no ano de 2024. Mesmo com a quantidade de ocorrências, nenhuma morte foi registrada, de acordo com dados do Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa).

Em agosto de 2023, um helicóptero da Marinha caiu durante um treinamento, em Formosa. A aeronave de asas diagonais transportava 14 tripulantes, sendo que dois morreram na queda. Em março do mesmo ano, dois empresários morreram depois do avião em que estavam cair sobre casas, em Goiânia.

Os irmãos Leonardo Rodrigues da Rocha e Bruno Rodrigues da Rocha chegaram a  ser socorridos pelo Corpo de Bombeiros, mas não resistiram aos ferimentos e morreram no Hospital Governador Otávio Lage (Hugol). Eles eram empresários em Taiobeiras, no norte de Minas Gerais, e sócios da aeronave fabricada em 1993.

Fonte: Jornal Opção

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