Economia

Carlos Juliano Barros: Fundador do LinkedIn pede a Kamala para demitir ‘anti big techs’ de Biden

Ao longo de seu mandato, o presidente dos Estados Unidos vem comprando brigas importantes contra as big techs. Quando a Amazon foi acusada de práticas antissindicais, atuando para impedir que empregados de seus armazéns elegessem representantes para negociar benefícios coletivamente, o presidente fez um pronunciamento incomum.

“Vou ser claro: não cabe a mim decidir se alguém deve ou não se filiar a um sindicato. Mas vou ser ainda mais claro: isso também não cabe ao empregador. A decisão é apenas dos trabalhadores”, declarou, em fevereiro de 2021.

No começo deste ano, o governo Biden também mexeu em outro vespeiro ao tentar definir regras para impedir que plataformas digitais driblassem direitos trabalhistas e classificassem os profissionais por aplicativo como “independent contractors” (autônomos, numa tradução livre). Conhecido no Brasil como “uberização”, esse sistema de trabalho já foi objeto de agenda comum entre Biden e Lula.

Para além dos questionamentos trabalhistas, ações na Justiça movidas pelo FTC sobre investimentos em startups de inteligência artificial também tiram o sono dos representantes das gigantes digitais, como Amazon e Microsoft, que se queixam da interferência do governo.

Por outro lado, o órgão federal teme que a concentração do mercado da tecnologia crie um pequeno grupo de empresas poderoso o suficiente para inibir o surgimento de novos concorrentes. Para o FTC, essa “oligopolização” pressiona o Estado a beneficiar as companhias em diferentes esferas: da cobrança de impostos pagos por essas corporações às políticas de proteção de dados pessoais dos usuários.

O Vale do Silício encontra-se ideologicamente dividido nestas eleições. Enquanto alguns pesos-pesados apoiam Donald Trump, caso do bilionário Elon Musk, dono da fabricante de carros elétricos Tesla e da rede social X (antigo Twitter), outros pendem para Kamala Harris.

Matéria: UOL Economia

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