Economia

Ata do Fed mostra autoridades muito inclinadas a cortar juros em setembro

Na reunião de julho, “a grande maioria” dos formuladores de política monetária “destacou que, se os dados continuassem a vir de acordo com o esperado, provavelmente seria apropriado flexibilizar a política monetária na próxima reunião”, disse a ata, divulgada nesta quarta-feira.

Eles também ressaltaram que “muitas” autoridades do Fed consideram a postura dos juros restritiva e “alguns participantes” argumentaram que, em meio a um arrefecimento contínuo das pressões inflacionárias, nenhuma mudança na taxa básica significaria que a política monetária aumentará o peso sobre a atividade econômica.

A ata diz que, embora todas as autoridades do Fed estivessem de acordo com a manutenção dos custos dos empréstimos em julho, “vários” formuladores de política monetária disseram que o progresso na redução da inflação em meio a um aumento no desemprego “forneceu um argumento plausível para a redução da meta de 25 pontos-base nesta reunião ou que eles poderiam ter apoiado essa decisão”.

A ata também mostrou que um grupo cada vez menor de formuladores de política monetária teme que um afrouxamento prematuro da política monetária possa provocar a retomada da inflação.

A justificativa para o corte das taxas se baseia na desaceleração da inflação em direção à meta de 2% do banco central e no aumento da ansiedade sobre a situação do mercado de trabalho, na esteira dos dados recentes que mostram um aumento na taxa de desemprego.

A velocidade do salto na taxa de desemprego, que chegou a 3,4% no início do ano passado e, desde então, subiu para 4,3% no mês passado, aumentou a urgência do debate sobre cortes nos juros e levou alguns analistas a dizer que uma redução de 0,50 ponto percentual nos custos de empréstimos deve ser considerada no próximo mês.

Matéria: UOL Economia

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