Economia

Envelhecimento populacional amplia debate sobre nova reforma da Previdência

Brasil terá 220,4 milhões de habitantes no pico populacional. Com as projeções de redução das taxas de fecundidade, o número de brasileiros crescerá mais lentamente até 2041, quando a população atingirá seu valor máximo. A partir de então, o país terá, anualmente, um número menor de pessoas, segundo o IBGE.

Dados reforçam alteração da pirâmide etária dos brasileiros. “O Brasil teve, por muito tempo, um bônus demográfico, com um crescimento da população que supriria o volume de gastos previdenciários”, recorda o educador financeiro Fernando Lamounier ao classificar o cenário atual como “preocupante”. “”Os dados indicam uma transição demográfica mais acelerada, e pressões no financiamento da previdência”, complementa Pedro Nery, consultor legislativo do Senado, especialista na área previdenciária.

Nova reforma é necessária?

Evoluções abrem caminho para nova reforma da Previdência. As projeções do IBGE acendem um sinal de alerta no setor público para as alterações, apenas cinco anos desde as últimas mudanças no sistema de aposentadorias. “Logo vai haver uma próxima reforma”, prevê Wagner Balera, ex-procurador do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social).

Nós estamos em um verdadeiro beco sem saída, porque não vai haver dinheiro para sustentar o sistema.
Wagner Balera, ex-procurador do INSS

Mudanças frequentes prejudicam o sistema previdenciário. Balera explica que as reformas constantes criam “insegurança jurídica”. “As pessoas passam a desconfiar da previdência”, alerta o autor de mais de 30 livros sobre direito previdenciário. Ele avalai que os ingressantes no mercado de trabalho atual já desacreditam na possibilidade de conquistar algo no futuro a partir das contribuições.

Matéria: UOL Economia

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